Em coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (21), a reitoria da Universidade Estadual de Maringá e a direção do Hospital Regional Universitário se posicionaram sobre o indicativo de interdição ética feito pelo CRM - Conselho Regional de Medicina do Paraná. O relatório do órgão apontou uma série de situações que precisam ser corrigidas para qualidade do trabalho dos profissionais e dos atendimentos dos pacientes. A principal solução, segundo o reitor da UEM, Júlio Damasceno, seria de contratar novos profissionais efetivos, o que não ocorre há quatro anos. O déficit é de 137 servidores, sendo 38 médicos.
Em média, o pronto-socorro do HU atende 200 pacientes por dia, o que resulta em mais de cinco mil atendimentos no mês. Porém, quase 70% dos atendidos poderiam ter se consultado nas Unidades Básicas de Saúde ou nas Unidades de Pronto Atendimento. Segundo o superintendente do Hospital Universitário, Vicente Massaji Kira, a sobrecarga reduz a qualidade dos atendimentos.
A área de abrangência do HU de Maringá é de um milhão de pessoas. Pelo indicativo do CRM, o HU tem 120 dias para melhorar a qualidade do trabalho dos médicos e dos atendimentos, senão os profissionais serão impedidos de trabalhar.