Pela segunda vez, o CRM - Conselho Regional de Medicina do Paraná faz indicativo de interdição ética ao pronto-socorro do Hospital Regional Universitário de Maringá. O ato ocorreu na tarde desta quinta-feira (20). A direção do HU terá 120 dias para solucionar os problemas no Serviço de Urgência e Emergência, que segundo do CRM, colocam em risco a atividade médica e a saúde de pacientes. O indicativo foi formulado após visita do órgão na unidade no início de dezembro, por conta do episódio ocorrido em novembro. É que no dia 16 quatro ambulâncias ficaram paradas com pacientes por mais de uma hora em frente ao pronto-socorro do HU. O problema seria a falta de médico plantonista. No indicativo, o CRM aponta que a falta de profissionais médicos e de enfermagem, sobrecarga de trabalho e falta de estrutura física, de insumos e equipamentos prejudicam os atendimentos a população, como explicou o gestor do departamento de fiscalização do CRM, Carlos Roberto Naufel Júnior.
Em 2015, o CRM também fez indicativo de interdição ética do pronto-socorro do HU. Na prática funciona assim. O hospital ganha um tempo para resolver os problemas apontados e se não fizer isto no prazo, a interdição do trabalho dos médicos no local é decretada. Nesta sexta-feira (21) a reitoria da UEM fará coletiva de imprensa para falar sobre o indicativo de interdição do CRM. A explicação é do reitor Júlio Damasceno.
Nessa sexta-feira (21) a reitoria da UEM fará coletiva de imprensa para falar sobre o indicativo de interdição do CRM. A explicação é do reitor Júlio Damasceno.
O ato de indicativo de interdição vem sendo aplicado no Estado como forma de corrigir distorções assistenciais e evitar risco à população. Maringá, Sarandi, Rolândia e Foz do Iguaçu já tiveram unidades com alerta de interdição. Hoje o HU atende pacientes de 155 municípios da região. São mais de 4.800 pacientes atendidos por mês.