Responsável pelo “O assunto é política” na CBN Maringá, o cientista político Tiago Valenciano considerou a denúncia envolvendo o ex-secretário de serviços públicos de Maringá Vagner de Oliveira como uma possível preocupação para a campanha do prefeito Ulisses Maia (PSD), que busca a reeleição. A afirmação foi apresentada durante a coluna, nesta terça-feira (03).
Oliveira voltou a ser destaque nesta terça quando uma denúncia feita por uma ex-funcionária apresentou áudios com ameaças feitas por ele. Entre outras palavras, Oliveira afirmou que arrancaria os dedos dela. O motivo: um suposto furto em dinheiro. Procurado pela CBN, o ex-secretário diz ter sido vítima de roubo e que o caso está sendo apurado pela polícia. Ele afirma que é uma situação pessoal e ocorreu muito tempo depois dele ter deixado a administração.
Por conta disso, a CBN procurou as 13 chapas que concorrem à Prefeitura de Maringá nas eleições deste ano.A maior parte das campanhas não deve usar caso do ex-secretário. Sete delas responderam a reportagem, e apenas uma disse que irá abordar o assunto envolvendo Vagner de Oliveira.
Foi a campanha do Avante, encabeçada por Rogério Calazans que concorre ao cargo de prefeito. À CBN, ele disse que irá mostrar que na eventual gestão dele haverá código de ética para a administração e comissão de ética para avaliação permanente da postura dos agentes públicos, inclusive prefeito.
As campanhas do Cidadania, Podemos, Patriotas, PTC e Psol disseram que não vão explorar o conteúdo. O PSD, de Ulisses Maia, informou que não vai levar o assunto para a campanha, nem para rebater as críticas, já que Vagner de Oliveira está fora da administração desde fevereiro, embora ele tenha trabalhado para a reeleição do prefeito.
O PT disse que irá avaliar a situação. Carlos Mariucci, que concorre ao cargo de prefeito, disse que uma reunião foi marcada para discutir o teor da denúncia.
Os demais partidos não responderam até o fechamento da reportagem. O Pros, de Homero Marchese, não respondeu, mas o candidato publicou um vídeo fazendo críticas à administração atual.