Prefeito acompanhou na última sexta-feira (22) a confusão no Hospital Universitário de Maringá quando pacientes demoraram para ser atendidos e a polícia foi chamada. Um médico teria dado a ordem para não atender. Atitude seria uma forma de protesto. Sindicância do Estado irá apurar responsabilidades.
O HU emitiu uma nota para a imprensa na manhã desta quinta-feira (22):
O Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM) esclarece que está realizando uma sindicância sobre o ocorrido no Pronto Atendimento da Instituição, na noite de sexta-feira, 16 de novembro. Na ocasião, houve demora na admissão de quatro pacientes, mas todos foram atendidos pela equipe de urgência e emergência do HUM, que cuidou ainda de outras 180 pessoas que procuraram o Hospital naquele período.
Apesar de ter cumprido com o seu dever de atender aos pacientes encaminhados, a Superintendência do Hospital e a Reitoria da Universidade Estadual de Maringá (UEM), a qual o HUM é ligado, estão em processo de apuração dos fatos.
Um ofício do reitor da UEM, Júlio Damasceno, solicitou esclarecimentos e o superintendente do HUM, Vicente Kira, iniciou o processo logo após o ocorrido. Conversou com a diretoria do Hospital e, em seguida, abriu sindicância para determinar o que realmente aconteceu naquela noite. Só depois de concluída essa apuração é que a UEM e o HUM vão se pronunciar junto à comunidade e à imprensa. Desta forma, a Administração da Universidade e do Hospital Universitário irão garantir um processo oficial, isento e criterioso.
Agradecemos a compreensão de todos.
Vicente Kira
Superintendente do HUM
Na reunião com a imprensa nesta quinta-feira, o prefeito Ulisses Maia citou a crise no HU com a falta de profissionais, principalmente médicos. Na sexta-feira passada, pacientes ficaram mais de uma hora em ambulâncias na porta do hospital esperando atendimento. Até a polícia foi chamada. Na segunda-feira o reitor da UEM explicou a situação.
Ele disse que por falta de médicos não foi possível fechar a escala de plantão e não havia cirurgião naquele momento. Era uma sexta- feira de feriadão prolongado. Mas o prefeito, que acompanhou a situação durante a noite e ligou para o superintendente do HU, recebeu outra informação. Havia cirurgião de sobreaviso. É um plantão a distância.
Neste caso o cirurgião deveria ser acionado. Mas outro médico, que estava no HU, teria decidido simplesmente não receber os pacientes. O Estado abriu uma sindicância e este médico, caso a história seja comprovada, poderá ser processado por omissão de socorro.
A produção da CBN entrou em contato com a reitoria da UEM e aguarda um retorno. Em entrevista à CBN, o superintendente falou sobre os plantões a distância. Ele disse que os médicos terão que cumprir o plantão dentro do hospital.