A viúva do auditor fiscal José Antônio Sevilha, Mariângela Sevilha, começou a ser ouvida no julgamento do caso. Ela é a sexta testemunha de acusação. A fala dela teve início da tarde desta sexta-feira (23), quando foi questionada pelo juiz e pelo Ministério Público Federal. Por volta das 17h30, a defesa de um dos réus, que começaria a fazer perguntas, pediu para que o auditório do tribunal se ausentasse. É que um áudio seria apresentado, e para evitar possíveis constrangimentos essa decisão foi tomada.
A CBN esteve na Justiça Federal durante o início da noite e até por volta das 19h ninguém pôde entrar no local de julgamento.
Havia a previsão de que a filha da vítima prestasse o depoimento ainda nesta sexta-feira. Ela é a última testemunha de acusação. Nesta sexta um homem também foi ouvido.
Neste sábado devem ser ouvidas as quatro testemunhas de defesa.
O julgamento do assassinato de José Antônio Sevilha ocorre desde terça-feira (20). Ele foi morto a tiros em 2005, aos 45 anos. Cinco pessoas foram denunciadas. Três homens se tornaram réus.
Estão sendo julgados o empresário Marcos Gottlieb, proprietário de uma empresa que estava sendo investigada pelo auditor e apontado como mandante do crime; Fernando Ranea, que seria o executor; e Moacyr Macêdo, que teria aproximado os dois. Outros dois homens foram indiciados, porém um nunca foi localizado e outro morreu durante cumprimento de pena pelo crime de sequestro. Os réus são acusados pelo crime de homicídio qualificado, e a pena varia de 12 a 30 anos de reclusão. O empresário Marcos Gottlieb está preso preventivamente desde maio deste ano.
Sevilha investigava a empresa Gemini, uma importadora de brinquedos, que tinha dívidas milionárias com a Receita Federal.
As defesas dizem que os réus são inocentes.
Pela investigação da PF, o crime foi planejado com antecedência. No dia do homicídio, Sevilha deixava a casa da mãe quando parou o carro por conta de um pneu que teria sido furado por um dos réus. Na sequência ele foi assassinado a tiros.
15 pessoas tinham sido chamadas para testemunhar no julgamento. Mas por motivos diversos, quatro foram liberadas.
Os réus não assistiram aos depoimentos de três testemunhas, a pedido delas – algo que é previsto em lei.