A polêmica de uma suposta aplicação de doses de vacinas contra o coronavírus fora da data de validade repercutiu em todo o país. Na reportagem da Folha de S.Paulo seriam mais de 26 mil doses. E segundo a reportagem, Maringá teria aplicado 3.536 doses vencidas.
Para esclarecer essa informação, a Prefeitura de Maringá convocou uma coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira (2).
Segundo o secretário de Saúde, Marcelo Puzzi, não houve aplicação de doses de vacinas contra a Covid fora da data de validade. A explicação seria um problema na transmissão de dados para o sistema do Ministério da Saúde [ouça o áudio acima]
A coordenadora da Sala de Vacinas da Secretaria de Saúde de Maringá, Edlene Goes, explica o que isso representa. Segundo ela, por exemplo, quem baixa o aplicativo Conect SUS para viajar, aparace que data de aplicação é a data de transmissão. [ouça o áudio acima]
O secretário de comunicação, Marcos Cordiolli, disse que o município já havia detectado esse problema e solicitado ao ministério a correção. Ele explica ainda que na carteira de vacinação quem tomou a dose pode ver a validade do imunizante. [ouça o áudio acima]
Atualizado às 08h16 de 03/07/2021:
A Prefeitura fez uma correção posterior à imprensa. As datas citadas pelo secretário na entrevista como de aplicação das doses na verdade são de recebimento dos lotes. Portanto, segundo a secretaria de Saúde, o lote 4120z005 com 4 mil doses foi recebido em 24 de janeiro de 2021. O lote de 80 doses, chegou a Maringá em 1º de fevereiro, e outras 50 doses, no dia 10 de fevereiro. Já o lote CTMAV520, com 1.460 doses, chegou no dia 27 de março de 2021.
A Secretaria Estadual de Saúde divulgou uma nota na tarde desta sexta-feira (2) informando que o Paraná não recebeu e não distribuiu vacinas contra a covid-19 fora da validade prevista pelos fabricantes. Leia a nota:
A Secretaria de Estado da Saúde informa que o Paraná não recebeu e não distribuiu nenhuma vacina contra a Covid-19 fora da validade prevista pelos fabricantes.
Dentre os oito lotes de AstraZeneca mencionados pelo levantamento da Folha de S.Paulo, o Paraná recebeu apenas dois (4120Z005 e CTMAV520).
O primeiro foi distribuído aos municípios no dia 23 de janeiro, com validade até 14 de abril. Foram 86,5 mil unidades, O segundo, com 38,6 mil, foi enviado às cidades no dia 26 de março, com validade até 31 de maio.
O período mínimo entre a distribuição e a validade dos imunizantes foi de 66 dias. O máximo, de 81 dias. Considerando que os municípios recebem as doses e realizam, de maneira geral, aplicação instantânea, é improvável algum tipo de aplicação fora da data no Estado.
Segundo o setor de Imunizações da Secretaria, trata-se de problema de registro no sistema nacional, a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS).
O Estado orientou os municípios nesta sexta-feira (2), mais uma vez, para que corrijam os registros no sistema, ressaltando que a funcionalidade de correção, por parte do Ministério da Saúde, só foi disponibilizada há 15 dias.
A Secretaria de Estado da Saúde reforça que todas as vacinas são seguras e tem eficácia comprovada. A população deve procurar os locais de imunização e buscar a proteção.
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