Aguardada por professores de todas as universidades públicas do Paraná, a decisão relativa aos contratos dos temporários foi adiada pelo Governo Estadual. A definição sobre a renovação ou não dos contratos deveria ocorrer nesta sexta-feira (12). Foi o que disse na quarta-feira (10) o assessor de Gabinete da Superintendência de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, professor Michel Samaha.
Pois bem. Uma reunião na Superintendência não aconteceu e a decisão, agora, deve ficar para a semana que vem, na terça-feira (16). A informação é da assessoria de imprensa da Seti.
Somente na Universidade Estadual de Maringá são 104 professores temporários cujos contratos terminam no dia 31 de julho.
Todos estão apreensivos, afirmou professora Izabel Demarchi, docente há 10 anos no departamento de Análises Clínicas e Biomedicina – e sempre como temporária. Ela é uma das responsáveis por uma comissão montada com esses professores. A UEM tem 1143 professores efetivos e 452 temporários. Apesar de instituição estar em greve, trabalhos de pós graduação seguem. A apreensão se dá porque não há como ter planejamento de vida, relatou a professora.
Desde o fim de junho, a UEM e outras universidades do Paraná estão em greve. Como há anos não há concurso para professores efetivos, as universidades estaduais dependem dos servidores temporários. De modo geral, eles ganham menos que efetivos e não têm estabilidade no cargo para além do período de contrato.
Nesta semana, o Governo do Paraná também disse que começa a estudar a possibilidade de chamar os aprovados no último concurso para efetivo, de 2016.
A UEM recebeu neste para o primeiro semestre letivo 18 mil horas semanais para professores temporários. Um cálculo é feito e o resultado chega ao número de 452 professores temporários.
O Governo afirma também que estudos são feitos – e os impactos econômicos são levados em conta. Por isso a decisão tem que ser tomada com calma.