Com a decisão do governo cubano de não continuar a parceria no programa Mais Médicos, dois profissionais da área que atuam em Maringá vão deixar o município. Eles foram comunicados nesta quarta-feira (14).
O Ministério da Saúde cubano decidiu encerrar a participação no programa após questionamentos feitos pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, do PSL. Uma nota foi divulgada no site da pasta. Bolsonaro se manifestou pelo Twitter.
Um dos médicos está em Maringá há três anos; o outro, há quatro.
A gerente de estratégia da Saúde no município, Neusa Moreno, lamentou a saída dos profissionais. Ela elogiou os médicos e disse aguardar mais informações. Cada um dos médicos ficava responsável por aproximadamente quatro mil pacientes.
Maringá atualmente tem 21 médicos no programa Mais Médicos. A maior parte é formada por brasileiros, e tem também venezuelanos, além dos dois cubanos.
Em todo o Brasil são 8.500 médicos cubanos. Ao todo, o Mais Médicos tem 18 mil profissionais. Em Maringá, Neusa Moreno espera que haja reposição.
O programa Mais Médicos foi criado em 2013, pelo governo Dilma Rousseff. O objetivo era levar médicos para cidades menores. A participação de estrangeiros foi aberta porque em muitos casos, brasileiros não vão para cidades de pequeno porte.