As prisões foram nesta terça-feira na Operação Autoclave, da Polícia Civil do Paraná. Foram presas cinco pessoas e cumpridos sete mandados de busca e apreensão em Maringá, Sarandi e Mandaguaçu. De acordo com as investigações, que começaram em março deste ano, dois ex-funcionários e um funcionário de uma empresa que vende materiais cirúrgicos se associaram a um funcionário de uma empresa de esterilização para desviar materiais usados em cirurgias e revender a médicos. O esquema foi denunciado depois que uma enfermeira de um hospital em Ponta Grossa estranhou o uso de um material cirúrgico que não tinha passada pela inspeção do setor de farmácia como é praxe. O delegado André Gustavo Feltes diz que não há participação de hospitais e nem das empresas do esquema. Os materiais reprocessados eram usados apenas em cirurgias particulares. O esquema demonstra uma falha de procedimento. E a polícia ainda apura a participação de médicos.
Para o paciente, além do risco à saúde, há o prejuízo financeiro. O grupo criminoso ganhava até 3 mil reais por cirurgia porque vendia o material como se fosse novo.
Segundo a polícia, o grupo atuava desde janeiro de 2016. A participação de outras pessoas está sendo investigada. A CBN conversou com o advogado de dois presos que não quis dar entrevista.