Quando os casos de dengue aumentam, a população se sente mais segura vendo o carro fumacê passando em frente de casa. É uma ilusão. Segundo as autoridades de saúde, o que garante segurança mesmo à população é a eliminação dos criadouros do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. Mas o fumacê é uma das estratégias de combate à doença. O inseticida usado no pulverizador era o Malation, que matava o mosquito alado. Matava, porque o Aedes se adaptou e agora sobrevive ao contato com o veneno. Uma nova fórmula foi criada e será usada no país. É o Cielo, fabricado com substâncias para as quais o Aedes não tem defesa, por enquanto. Um treinamento em Maringá prepara técnicos das regionais de saúde para o uso do novo veneno, diz Ivana Belmonte, coordenadora da vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde do Paraná.
O Aedes aegypti também é resistente aos inseticidas domésticos. Então não adianta pulverizar a casa toda com estes produtos.
O fumacê deve ser visto em breve nas ruas de Maringá, mas nenhum morador pode baixar a guarda com o cuidado diário de eliminar os criadouros do mosquito.
Maringá tem mil casos confirmados de dengue e uma pessoa morreu por causa da doença no atual ciclo epidemiológico.