Ainda jovem ela saiu de casa para morar com o namorado, que depois descobriu ser um homem bastante violento. Acabou abandonada e sem condições de se sustentar. Partiu para o tráfico de drogas e hoje está atrás das grades. Sem liberdade e longe das filhas.
Histórias como a desta presa, que não se identificou por determinação do Departamento Penitenciário, que também não permite imagens, são muito comuns nos presídios. E fora deles o ciclo de violência contra as mulheres também tem ingredientes assim: baixa autoestima, medo de não conseguir sobreviver sem o agressor, a preocupação com os filhos. Mas é preciso vencer a violência, denunciar, e superar. O caminho é buscar ajuda na rede de proteção, que começa na delegacia da mulher e passa pelo Cram, Centro de Referência da Mulher. Esta foi a mensagem deixada às presas pela equipe da Secretaria da Mulher de Maringá numa ação nesta sexta-feira na carceragem, da 9SDP. As 40 presas receberam um kit com produtos de higiene e beleza e ouviram orientações para quando deixarem a prisão. Como explica a secretária da Mulher, Cláudia Palomares.
A ação encerrou as atividades em comemoração ao mês da Mulher.