Maringá recebeu até março de 2021, em função da pandemia, 49 milhões 215 mil reais de auxílio financeiro.
É uma verba federal destinada a estados e municípios para: “ações de enfrentando à Covid-19 e para mitigação de seus efeitos financeiros” de acordo com a lei 173 de 2020.
O Observatório Social de Maringá analisou de que forma a Prefeitura de Maringá gastou esse dinheiro.
42 milhões 775 mil reais foram gastos com a folha de pagamento de 13 secretarias municipais e 3 milhões e 800 mil reais foram aplicados no capital social do aeroporto.
O saldo é de 1 milhão 997 mil reais.
Segundo o vice-presidente do Observatório Social Milton Laforga não é ilegal usar os recursos deste apoio financeiro para acertar a folha de pagamento. Foi uma escolha do gestor. Mas por quê?
Por que usar dinheiro que poderia bancar ações de combate à pandemia para pagar salários? Por que se o orçamento municipal não tinha sofrido queda de receita, pelo contrário, a arrecadação aumentou 6%. Ou seja, dava conta de pagar as chamadas despesas correntes, sem necessidade de entrar nos recursos de despesas extraordinárias. [ouça o áudio acima]
Para a ex-presidente do Observatório Social de Maringá, Giuliana Lenza, que esteve à frente da entidade em boa parte do tempo em que este trabalho de análise foi realizado, a Prefeitura de Maringá precisa justificar o uso do dinheiro para “despesas não relacionadas ao atendimento estrito de necessidades da pandemia”. [ouça o áudio acima]
A CBN entrou em contato com a prefeitura e aguarda um retorno.
Atualizado às 15h11- Em relação a este assunto a Prefeitura informou que: "(...) os R$ 42 milhões foram investidos em folha de pagamento de diversas secretarias. O repasse foi destinado pelo Governo Federal para fortalecer o sistema público nesse período e previa a possibilidade de investimento em folha".