A obesidade é um problema de saúde pública. Segundo dados do Ministério da Saúde de 2019, um em cada quatro brasileiros tem obesidade. São 41 milhões de pessoas.
Em 20 anos, a obesidade no país teve um salto de 26%.
Em 2018, o SUS gastou um bilhão e 420 milhões de reais para tratar pacientes obesos com hipertensão e diabetes.
Durante a pandemia, a obesidade também se revelou um fator de risco importante para casos graves e morte por Covid-19.
A alimentação saudável e a prática de exercícios físicos são as principais recomendações médicas.
Mas o tratamento da obesidade severa precisa levar em conta uma série de fatores, inclusive psicológicos.
Por isso a importância do atendimento multidisciplinar.
Uma pesquisa desenvolvida para uma tese de doutorado da Universidade Estadual de Maringá comprova a eficiência deste trabalho multiprofissional.
A pesquisa foi realizada durante seis meses. Foram selecionados 30 participantes de 358 de um estudo maior.
Dos 30, 13 conseguiram chegar até o final. No meio do caminho, os participantes que desistiram foram vencidos por problemas típicos da obesidade severa como, por exemplo, a dificuldade de locomoção.
A pesquisa faz parte da tese de doutorado do bombeiro militar Mário Moreira Castilho, pós-graduando da Universidade Estadual de Maringá.
Ele explica como a pesquisa revelou a eficiência de um trabalho multiprofissional no combate à obesidade severa. [ouça o áudio acima]
Na tese, Castilho também fez uma revisão sistemática da literatura sobre o tema e descobriu que poucos artigos científicos tratam sobre a multidisciplinaridade no tratamento da obesidade. [ouça o áudio acima]
Outra conclusão do trabalho foi o benefício que as atividades aquáticas trazem ao tratamento. Isso porque na água, os pacientes obesos podem se exercitar com menos impacto físico. [ouça o áudio acima]
O estudo foi realizado por meio do Núcleo de Estudo Multiprofissional da Obesidade (Nemo) da UEM.
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