OSM realiza estudo sobre impacto financeiro do aumento de vereadores em Maringá
Foto: CMM

Estudo

OSM realiza estudo sobre impacto financeiro do aumento de vereadores em Maringá

Política por Geovan Petry em 07/12/2022 - 15:00

O Observatório Social de Maringá publicou um estudo em que mostra o impacto financeiro que a Câmara Municipal terá com a elevação no número de parlamentares dos atuais 15 para 23, conforme projeto que deve ser votado em primeira discussão nessa quinta-feira (7). O levantamento de dados considerou a publicação das Propostas de Emenda à Lei Orgânica do Município (PELOM) e também o Projeto de Lei Ordinária (PLO). Nessa terça-feira (6), em entrevista coletiva, o presidente da Câmara, Mário Hossokawa, disse que é necessário aumentar a representatividade por conta das comissões e que a cidade já comporta mais vereadores.

O Observatório Social de Maringá (OSM) divulgou uma pesquisa que aponta o impacto financeiro nas despesas que a Câmara de Vereadores terá com a elevação dos atuais 15 parlamentares para 23 e com o pagamento de 13º e férias. Propostas que deverão entrar em discussão na sessão dessa quinta-feira (8). Atualmente os parlamentares não contam com 13º e férias remuneradas.

Os dados levaram em consideração a publicação da Proposta de Emenda à Lei Orgânica do Município (PELOM) e do Projeto de Lei Ordinária (PLO). A PELOM prevê o aumento no número de vereadores e a concessão de 13º salário e férias remuneradas enquanto que o PLO trata da alteração do valor do subsídio do vereador, que passará de R$ 10.622,91 para R$ 15.193,35, e de R$ 15.934,37 para R$ 22.790,03 no caso do Presidente da Câmara.

A primeira análise leva em conta o cálculo tendo em vista a aprovação para que, a partir de 2025, a Câmara tenha 23 representantes. Esse número levaria a um aumento dos subsídios em 51,6%, passando de R$ 1.975.861,32 para R$ 2.995.660,68 ao ano.

Levando em consideração a proposta de aumento do subsídio, somado ao aumento de vereadores para 23 e à implementação do 13º e férias, as despesas seriam elevadas em 140%, ou R$ 4.760.571,17.

De acordo com a presidente do Observatório Social de Maringá, Cristiane Mari Tomiazzi, o estudo foi realizado levando em conta os dados atuais e as projeções caso a proposta seja aprovada. [ouça o áudio acima]

Quanto aos gastos com assessores, em que cada parlamentar tem direito a quatro cargos comissionados, sendo que o Chefe de Gabinete recebe R$ 10.378,63, o Assessor Parlamentar R$ 8.389,88 e os 2 Assessores de Gabinete, R$ 6.339,05 cada, as despesas anuais são de R$ 5.660.389,80. Quando forem 23 os vereadores, vão trabalhar na Câmara 92 assessores e os gastos pulam para R$ 8.679.264,36. Aumento de 53,33% segundo o estudo do OSM.

Já os gastos gerais da Casa, de acordo com o Portal da Transparência, e utilizados no estudo, mostram que, neste ano, até o mês de agosto, foram usados R$ 20.427.656,35. Com o acréscimo de outros 8 vereadores, as despesas também aumentariam.

O levantamento apresenta também dados sobre o número de vereadores em relação às despesas com o INSS Patronal e Vale Alimentação dos assessores. Atualmente, com 15 representantes, são destinados recursos na ordem de R$ 857.712,89. Se houver aumento para 23 vereadores e 92 cargos comissionados, os números passarão para R$ 1.308.361,11, com base nos valores atualizados deste ano. Caso haja aumento no valor do subsidio de cada parlamentar os recursos aplicados seriam ainda maiores: R$ 1.566.133,92.

Diante destes dados que estão à disposição da população de Maringá, a presidente do Observatório explica que o impacto é significativo aos cofres da Câmara. E ainda não foram contabilizadas as reformas no espaço físico para suportar novos parlamentares e assessores. [ouça o áudio acima]

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