O que os maringaenses que procuram emprego precisam saber
Foto: Marcelo Casal Jr / Agência Brasil

Economia

O que os maringaenses que procuram emprego precisam saber

Economia por Lethícia Conegero/GMC Online em 12/07/2020 - 11:05

Quais os setores que mais contrataram e demitiram durante a pandemia em Maringá? Essas são perguntas que precisam ser feitas por quem busca um emprego. Pensando nisso, o GMC Online foi atrás das respostas.

Raio-x do emprego: contratações e demissões

Entre abril e maio deste ano, Maringá fechou 5.044 vagas de emprego, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Foram registradas 5.522 admissões e 10.566 demissões. O número reflete a crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus.

Agricultura

Entre os setores, a agricultura em pequenas e médias propriedades foi a única que teve saldo positivo de empregos, com a abertura de uma vaga. O segmento registrou dez contratações e nove demissões. Construção civil O segundo setor que mais preservou postos de trabalho em Maringá neste período foi a construção civil, que fechou 74 vagas de abril a maio. O segmento registrou 954 contratações e 1.028 desligamentos.

De acordo com o economista, João Ricardo Tonin, isso ocorreu porque o setor da construção civil já estava um processo de ascensão. 

“Há anos o setor vem se recuperando da crise de 2014 a 2016, e durante esse tempo reduziu muito as opções disponíveis (apartamentos, salas comerciais, casas etc). No ano passado, iniciou uma gradativa e interessante retomada. Nesse mesmo período, houve a redução dos estoques de unidade e o crescimento populacional de mais de 20 mil habitantes, ou seja, a demanda aumentou. Então, mesmo com a covid-19, o setor não foi muito prejudicado e está bem capitalizado, mas se ocorrer outros lockdowns e/ou mais fechamento de empregos, pode ficar em uma condição pior no futuro”, explica.

No entanto, a construção civil foi mais prejudicada na atividade de obras de infraestrutura, com o fechamento de 124 oportunidades de emprego, segundo dados do Caged. “Esse subsetor em específico depende da execução de obras públicas e, naturalmente, aglomera um maior número de pessoas na execução dos serviços, o que por sua vez acabou sendo mais afetada na pandemia”, reforça Tonin. 

Indústria 

A indústria foi o terceiro setor que menos demitiu em Maringá, mas que ainda assim, foi bastante afetada durante a pandemia. O segmento fechou 1.175 postos de trabalho entre abril e maio. Foram 841 contratações e 2.016 demissões. Comércio Em seguida, está o comércio, que fechou 1.489 emprego formais. Foram 1.271 contratações e 2.769 demissões entre abril e maio. Nesse sentido, quase todos os subsetores foram afetados, mas os principais foram comércio varejista, que fechou 736 postos de trabalho, comércio atacadista, que teve saldo negativo de 388 vagas, e reparação e venda de veículos, com 365 postos de emprego fechados. “Esse resultado é consequência de dois fatores principalmente, o medo das famílias em consumir por ter um futuro incerto em relação as condições físicas de saúde e também os decretos de fechamento de atividades e distanciamento”, frisa o economista.

Serviços

Já o segmento mais afetado durante a pandemia, em Maringá, foi o de serviços, com o fechamento de 2.307 postos de trabalho. Foram 2.446 contratações e 4.753 desligamentos. O subsetor mais prejudicado foi a educação privada, com o fechamento de 449 vagas. “Esse resultado traz duas principais considerações, a primeira é que várias famílias já estão transferindo seus filhos para o ensino público, e que já podemos esperar um aumento da pressão de ampliação dos gastos públicos, custeio e investimento nesta pasta na prefeitura no futuro. A segunda consideração é a dificuldade em adaptar rapidamente tecnologias e creches privadas, e também o fato de haver uma grande dificuldade em conectar a criança de 0 a 4 a creche sem precisar do contato presencial”, destaca Tonin.

Saúde

Por outro lado, o setor da saúde também foi bastante afetado neste período, mesmo sendo na atualidade a atividade mais referenciada. Neste setor, foram fechadas 272 vagas – 341 contratações e 613 demissões. “Muitos hospitais, por não terem possibilidade de realizar outros tratamentos e consultas, tiveram que reduzir seus custos e demitir funcionários”, finaliza o economista.

Além disso, abril foi o mês mais afetado pela pandemia da covid-19 em Maringá. O município fechou recorde de 3.271 vagas de emprego. Setores com potencial de crescimento em Maringá.

Por outro lado, alguns segmentos tiveram maior potencial de crescimento em meio à pandemia da covid-19, devido às suas características particulares.

Clique aqui e saiba quais são eles.

Oportunidades de emprego

Maringá inicia a segunda-feira, 13, com 137 vagas de emprego abertas. São diversas oportunidades, com destaque para pedreiro, com 11 postos disponíveis. Para os cargos de auxiliar de armazenamento, operador de empilhadeira e operador de pá carregadeira, são ofertadas oito vagas para cada função. Do total de vagas ofertadas, 12 são destinadas à pessoas com deficiência (PcD). Para ver a relação completa de vagas disponíveis em Maringá, clique aqui.

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