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Opinião
Nem sempre o que desejamos é o que precisamos
O comentário de Gilson Aguiar por Gilson Aguiar em 15/02/2025 - 08:00
Um mundo de desejos.
Ontem, conversando com meus alunos, falei sobre a diferença fundamental entre o que se deseja e o que se precisa. Fizemos uma reflexão fundamental sobre como se leva a vida na atualidade. Em um mundo que há muitos desejos e opções, porém, poucas coisas que se precisa ter.
Logo, desejar, todo mundo deseja, não há dúvida. Porém, saber do que se precisa exige uma reflexão anterior. Saber-se de si, conhecer a si mesmo.
Logo, vivemos num mundo onde tudo se apresenta como um desejo, eles estão por todos os lados. Na regra da sociedade contemporânea, o que alguns chamam de espetáculo ou mundo do consumo, o desejo é uma constante. Viver para consumir e se tem o desejo de ser consumido.
Neste nosso mundo de desejos, eles são apresentados por todos os lados. Para onde se olha o desejo está lá, presente, a espera e a espreita. Não por acaso os ambientes de consumo são arquitetados nos mínimos detalhes. Os produtos são associados e dispostos para que se apresentem como um encontro casual, mas na prática tudo é proposital.
Como buscar o que se precisa e nem tudo o que se deseja?
Porém, é cada vez mais raro que se conheça para saber o que realmente precisa. Entender o que de tudo o que se oferece, o que de ou não ser consumidor. Esta é uma condição cada vez mais rara. Poucos são os que fazem uma reflexão para saber o que devem ou não consumir. Raros são os que buscam separar o que realmente é uma necessidade e aquilo que se apresenta de pronto como possível sem ser necessário.
Nossas tradições aos valores que temos, a condição de sabotamos nossas buscas mais profundas estão relacionadas a esta entrega ao que é sedutor no momento. Enfim, acabamos sendo minados pelos desejos do agora. O que nos condena é querer aqui sem nunca refletir onde se quer mesmo chegar. Por isso, estamos cheios de crises existenciais. Vivemos perdidos sem ter claro que caminho desejamos traçar.
Não podemos viver a vida como a personagem Alice, no filme “Alice no país das maravilhas”. A personagem perdida pergunta ao gato que caminho seguir, a resposta nos serve como uma reflexão na atualidade, “para quem está perdido, qualquer caminho é caminho”, ou seja, para quem não sabe onde quer chegar, qualquer escolha dará no mesmo lugar, em lugar nenhum.
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