Opinião
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Em diferentes momentos da vida, muitas pessoas se veem submetidas a situações que ferem sua dignidade. Seja na vida pessoal ou no ambiente de trabalho, não são poucos os que obedecem, se subordinam e aceitam condições que não são dignas nem humanas. Quantas pessoas suportam agressões, ofensas e humilhações — e, ainda assim, não rompem com esse ciclo?
A pergunta que emerge é profunda: o que limita o ser humano a buscar o mínimo de satisfação que justifique a própria existência? Não se trata de um tema simples. Muitos evitam essa discussão. Porém, no centro dela está algo vital: a capacidade de existir plenamente como ser humano.
A grande maioria das pessoas vive apenas na expectativa de conquistar o mínimo necessário para sentir coerência e dignidade. No entanto, muitos jamais chegam a experimentar essa dignidade. Passam uma vida inteira aceitando condições desumanas, acreditando — ou se convencendo — de que não há alternativa.
Mas não vale a pena existir dessa forma. Não vale a pena viver aquém do que se é. A questão, então, ressurge: por que aceitamos condições indignas mesmo reconhecendo que essa vida não deveria ser vivida assim?
Não podemos transferir para além desta vida o sentido que ela deve ter aqui. A vida não pode ser justificada por promessas futuras; é neste tempo que precisamos construir significado, dignidade e realização.
É legítimo — e admirável — que alguém acredite em Deus ou em uma vida após a morte. Mas essa crença só tem sentido se soubermos viver plenamente a vida que temos agora. Não podemos usar a esperança do depois para justificar o sofrimento de hoje.
A vida é presente, é instante, é movimento. É nela que precisamos aprender a ser felizes, a encontrar dignidade e a romper com aquilo que nos diminui.
A vida é agora — e merece ser vivida em sua plenitude.
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