Municípios em epidemia estão sem inseticida para o fumacê
Imagem Ilustrativa/EBC

Dengue

Municípios em epidemia estão sem inseticida para o fumacê

Saúde por Carina Bernardino em 20/11/2019 - 17:19

A falta do produto é nacional. O último repasse feito ao Paraná foi em junho. São sete cidades do estado em epidemia da doença. 

O Paraná tem 1.234 casos positivos de dengue e mais de 10 mil notificações da doença, segundo o novo boletim epidemiológico divulgado pela Sesa (Secretaria Estadual de Saúde). Em relação ao informativo anterior, são 205 novas confirmações e houve aumento de municípios em situação de epidemia. Eram cinco na semana passada e agora são sete. Deste total, três cidades estão localizadas na região noroeste: Santa Isabel do Ivaí, Floraí e Uniflor. Em Santa Isabel do Ivaí, foram 93 casos de dengue confirmados nesta semana. A situação de epidemia é definida quando o município registra, proporcionalmente, 300 ou mais casos de dengue por 100 mil habitantes. A CBN ligou na prefeitura da cidade para saber quais ações o município irá fazer para combater a doença e descobriu que o fumacê não será utilizado no combate ao mosquito Aedes Aegypti por falta de inseticida. No Paraná, o repasse pelo Ministério da Saúde não ocorre desde junho. O técnico Ronaldo Trevisan, da coordenadoria de Divisão de Vigilância Ambiental da Sesa, explica que o desabastecimento do produto é nacional.

Do total de casos positivos no Paraná, 898 são autóctones, de pessoas que foram infectadas nas cidades onde residem. Ou seja, o combate a dengue nas residências deve ser intensificado.

Por nota, o Ministério da Saúde informou que está regularizando o repasse do novo inseticida adquirido para fazer o fumacê nos estados de Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Sergipe, Rio Grande do Norte, Piauí e Rio de Janeiro. O repasse será de 105.600 mil litros do produto. Outros lotes devem ser liberados gradativamente para os demais estados desabastecidos até janeiro de 2020, incluindo o Paraná. O órgão também ressaltou que o inseticida para o fumacê é a última estratégia utilizada no enfrentamento ao mosquito Aedes Aegypti no país.

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