A Operação Burla foi deflagrada em 2018 pelo Gaeco, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, do Ministério Público, em Santa Isabel do Ivaí para apurar crimes de organização criminosa, estelionato, apropriação indébita, lavagem de dinheiro e falsificação de documento particular. Em março de 2021, o MP já havia sequestrado bens de oito réus denunciados na operação.
Nove réus denunciados pelo Ministério Público foram condenados, entre eles estão advogados e o então escrivão da Vara Cível da comarca. A divulgação da sentença foi nesta sexta-feira (4).
Eles são acusados de enganar as vítimas. Segundo o MP, eles faziam as vítimas assinarem procurações com endereços falsos e contratos de crédito ou quitação sem conhecimento do conteúdo. E aí, se apropriavam dos valores recebidos, sem repassá-los aos clientes ou passando apenas uma parte mínima.
Na denúncia, o MP especifica que o escrivão teria participado dos crimes se aproveitando do cargo, adotando processos rápidos para expedir alvarás judiciais em favor dos outros integrantes da organização.
Segundo a denúncia do MP, foram pelo menos 29 vítimas e o valor apropriado pelo grupo seria de R$ 5.397.258,69.
Os réus foram condenados a penas que, somadas, passam e 486 anos. Segundo o MP, o líder da organização recebeu pena de 196 anos e 11 meses de reclusão.
Segundo o promotor de Rafael Guerra Acosta, a investigação teve quebra de sigilo de dados bancários e telefônicos. A sentença também determinou o sequestro de 23 imóveis, 15 veículos e mais propriedades. [ouça o áudio acima]
A reportagem tenta contato com a defesa dos réus.
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