Homem que matou madrasta em Maringá será julgado nessa terça-feira em meio a protesto
Foto: Neide Aparecida Baliveira Bezerra/Reprodução

Homem que matou madrasta em Maringá será julgado nessa terça-feira em meio a protesto

Segurança por Ivy Valsecchi/GMC Online em 22/05/2023 - 18:03

Um protesto para pedir justiça pelo assassinato de Neide Aparecida Baliveira Bezerra será realizado nessa terça-feira (23), às 7h, em frente ao Fórum de Maringá, dia do julgamento do acusado de cometer o crime. Renan Alves será levado a júri popular.

Neide Aparecida Baliveira Bezerra, de 45 anos, foi morta com mais de 20 facadas por Renan, que era seu enteado e na época tinha 24 anos. O crime ocorreu na madrugada do dia 12 de março de 2022, dentro da casa onde Neide morava, no Jardim Madrid.

Renan avisou o pai sobre o crime por meio de um áudio enviado em um aplicativo de mensagens e foi preso na manhã do mesmo dia. Segundo ele, o motivo do crime foi um desentendimento familiar.

“Vai pagar porque xingou minha mãe, ficou jogando roupa dentro de casa, tirando minha mãezinha idosa […]. Matei mesmo, matei com gosto, para acordar para a vida”, afirmou Renan.

A filha da vítima, de 10 anos, presenciou o assassinato. Ela disse que se escondeu debaixo de uma cama para não ser morta. Na mensagem enviada ao pai, o suspeito ainda afirmou que a vítima teve “sorte” por ele não ter matado a menina. 

Segundo a organização do protesto, trata-se de mais um caso de feminicidio em que o assassino pode se ver livre de sua pena, colocando em risco todas as mulheres, que podem vir a conviver com ele.
“Neide era mãe, irmã, tia, filha e amiga muito querida e amada por todos. Em respeito à sua vida, ao seu legado deixado, exigimos que Renan se mantenha atrás das grades. O protesto vai girar em torno da pouca informação que temos sobre caso, já que nenhuma das autoridades locais recolheu os nossos depoimentos, pois Renan é um réu confesso, o que justifica a redução de pena perante a lei, mas nada justifica, além de confessar sem nenhum arrependimento. Um forte descaso. As únicas informações que temos são matérias de jornais na internet. Reivindicamos por todas as mulheres que não podem estar presentes porque foram vitimas de feminicidio. Até quando mulheres continuarão morrendo nas mãos do patriarcado? Traga seu cartaz, seus familiares e grite com a gente pelo fim da violência contra a mulher! Justiça por Neide e todas outras Neides", dizem as organizadoras.

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