‘Esse cara veio bêbado’, diz em depoimento agressor de motorista que morreu após briga de trânsito em Maringá
Foto: Arquivo

Maringá

‘Esse cara veio bêbado’, diz em depoimento agressor de motorista que morreu após briga de trânsito em Maringá

Trânsito por Portal GMC Online em 20/03/2024 - 10:10

O rapaz, de 21 anos, que agrediu um homem após uma briga de trânsito em Maringá, prestou depoimento na delegacia no mesmo dia do acidente, que ocorreu no último sábado (16). A vítima, identificada como Edson de Oliveira Cais, de 54 anos, morreu na UTI do Hospital Metropolitano na manhã desta terça-feira (19). A briga ocorreu na Avenida Dona Sophia Rasgulaeff, no Jardim Oásis, em Maringá.

Edson sofreu uma parada cardiorrespiratória e foi reanimado por socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e policiais militares, mas não resistiu.

De acordo com a Polícia Militar, o agressor relatou aos policiais que desferiu dois socos na vítima para tentar impedi-la de fugir do local.

O agressor foi preso pela Polícia Militar, porém na tarde de domingo (17) a Justiça concedeu a liberdade ao jovem.

À polícia, o homem disse ser auxiliar de estoque e que não tinha nenhuma passagem pela polícia. Questionado se gostaria de usar o direito de ficar em silêncio, ele disse que preferia dar sua versão dos fatos e que não tem o acompanhamento de nenhum advogado – leia abaixo na íntegra o que ele relatou à polícia:

“Eu moro bem na avenida que aconteceu o acidente. Eu saí da avenida, aí tem o retorno da avenida mesmo, e daí tem a rua que vai lá para pra Franklin e daí você pode subir sentido Alvorada e subir sentido Tuiuiti. Eu fui fazer o retorno pra mim ir na rua sentindo Franklin…eu fui fazer o retorno sentido Franklin e esse cara veio bêbado desde lá de trás…tinham duas mulheres que estavam num bar que tem na esquina um pouco pra lá do acidente, uma quadra mais ou menos, que é da Franklin pra Sophia, e essa moça no bar falou que ele já veio meio fazendo que zigue-zague na rua, tipo desviando de veículo, que quase bateu numa S10 que estava parada na esquina, e chegou até o retorno. Ele não estava em alta velocidade, mas ele colidiu comigo, me derrubou, aí nisso, por coincidência dois amigos meus tavam subindo a avenida bem na hora da batida. Eles me ajudaram a levantar a moto, levantou a moto, o cara pegou, eu falei pra ele parar pra conversar, ver minha perna, ver alguma coisa pra pagar a moto, ele ‘bebão’ continou tentando dirigir. Aí eu peguei, parei na janela do cara, fui tentar pegar a chave do carro, o cara entrou em confronto corporal comigo, não queria deixar eu pegar a chave do carro, queria acelerar…eu dei um soco nele, aí ele pegou, empurrou de novo, eu não tava conseguindo chegar na chave do carro, aí eu desferi mais uns dois, três socos nele, até que ele ficou assim no banco (mostrando que o homem estava parado sem reação). No que ele ficou assim no banco eu peguei a chave do carro, ninguém mais bateu nele, tinha testemunha lá falando pro jornalista, pra outras pessoas, que outras pessoas bateram nele também…só eu dei soco nele…no que pegou a chave do carro dele eu saí de perto. Nisso veio outro rapaz de moto, tipo esses curiosos assim, pegou, tirou ele do banco do motorista, colocou ele no passageiro e manobrou o carro na frente da mercearia ali, aí depois já chamou o Samu, o pronto socorro, daí o povo veio para ajudar o cara.

Ao ser informado pela policial de que a vítima estava internada em estado grave e questionado se só havia dado socos no homem, o agressor respondeu: “Sim, só dei esse soco nele, no rosto dele tipo assim no rosto dele assim, uns dois tres socos”. A policial então questiona como ele explica essa situação. “Então, igual o cara lá no local do acidente falou…falou: isso aí deve ser acarretado de o cara estar bêbado ou ter algum histórico de doença, porque eu já briguei no colégio, futebol…e ninguém para no hospital em estado grave por tomar dois, três socos na cara…no máximo é um olho roxo”.

Interrompido novamente pela policial, ela diz que populares informaram que ele teria agredido a vítima em companhia de outras pessoas e ele afirmou que não, “Agredi sozinho. Tem câmera lá perto de farmácia, padaria, se puxasse…mas só eu relei no cara, nenhuma outra pessoa bateu nele”. Ele disse ainda que os dois amigos envolvidos no caso “só pegaram a moto, colocaram a moto e depois ficaram ali em volta ali. Só pegaram, me ajudaram na moto, viu como é que tava a moto, viu as peças tudo, e eu dei uns dois, três socos na cara do cara”. Questionado se gostaria de acrescentar algo mais, ele respondeu que não”.

Ouça abaixo o áudio deste depoimento: 

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