No dia 24 de julho, a Santa Casa de Campo Mourão explicitou as dificuldades vivenciadas no atendimento aos pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) que precisam de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). O hospital tem 13 vagas na UTI adulta e 10 na infantil, mas naquela semana ficou sem leitos e teve que entubar quatro pacientes no PA (Pronto Atendimento). Na época, a direção da Santa Casa disse que a superlotação no local é um problema antigo. Diante da situação, a gestão procurou o Governo do Estado para pedir o credenciamento de mais leitos.
A reunião em Curitiba com o secretário Estadual de Saúde, Beto Preto, ocorreu no dia 31 do mesmo mês. Do encontro, vieram promessas. Uma delas foi sobre o credenciamento de mais oito leitos de UTIs (5 infantil e 3 adulta). Outras melhorias firmadas foram o repasse de insumos e de recursos para construção de um heliponto no terreno no hospital. Porém, até esta quinta-feira (3), os compromissos assumidos pela Sesa não foram cumpridos. Desanimados, a direção da Santa Casa fala até em renúncia coletiva. O assunto foi discutida esta semana durante reunião do Codecam (Conselho de Desenvolvimento de Campo Mourão). Segundo o ‘desabafo’ dos gestores, falta dinheiro para custeio (porque o governo só paga pelos serviços produzidos); o estado atrasou em quase três meses os repasses do Hospsus e novos leitos devem ser credenciados.
A direção também pede que a Santa Casa seja reconhecida como hospital regional. Em contato por telefone na tarde desta quinta-feira (3), o presidente da Santa Casa Pedro Baer, disse que aguarda retorno das reivindicações feitas ao Governo Estadual. A CBN entrou em contato com a Sesa e fez vários questionamentos, que não foram respondidos até o fechamento desta reportagem. Atualmente, o Governo do Paraná repassa o valor de R$ 550 mil por mês para o convênio com a Santa Casa de Campo Mourão, além dos pagamentos referente às autorizações de internamento hospitalar.