A rebelião na PEM – Penitenciária Estadual de Maringá nessa quinta-feira (04) começou no momento em que ocorria a entrega de sacolas de familiares dos presos. Uma mulher, que pediu para não ser identificada, estava na fila.
De acordo com o Depen – Departamento Penitenciário do Paraná, o motim começou por volta das 9h30, quando um agente penitenciário e dois detentos do seguro foram rendidos por presos da galeria 7. Houve queima de colchões, mas o fogo foi controlado pelos bombeiros. O agente refém chegou a passar mal após inalar fumaça. Equipes da Polícia Militar de Maringá e região foram acionadas para reforçar a segurança na unidade até de helicóptero, bem como os agentes do SOE – Setor de Operações Especiais do Depen. Por volta das 14h30, integrantes do Bope – Batalhão de Operações Especiais de Curitiba chegaram ao local para negociar com os detentos.
A CBN acompanhou as primeiras 12 horas de rebelião na Penitenciária Estadual de Maringá. Na galeria 7, tinha 70 presos rebelados. Ao todo, a PEM tem capacidade para 360 detentos, mas no momento da rebelião, estava com 450. Do lado de fora, conforme as horas passavam, a angústia dos familiares aumentava.
De dentro da unidade penal, presos rebelados usaram celulares para mandar notícias e fazer reivindicações.
Por volta das 20h, o Depen informou que as negociações foram suspensas. Segundo o tenente Caio Henrique dos Santos, do 4º BPM, naquele momento as reivindicações dos presos ainda não podiam ser divulgadas.
Por volta das 22h, ainda havia familiares de detentos no local, mas em menor quantidade. A água e luz da galeria dos rebelados foram cortadas. Os presos também estavam sem comida.