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Opinião
Lucro e qualidade de vida combinam? Sim, mas não da maneira vulgar e simplista.
Costumamos medir a riqueza pelo acúmulo de capital financeiro, produtivo. Veja o caso do Produto Interno Bruto, o PIB. Ele é a riqueza produzida e gerada por toda a nação, em todos os ramos da economia. Se tivermos produzido riqueza de algo que mata as pessoas, que destrua o meio ambiente e que propague o trabalho análogo a escravidão, vamos computar no PIB. Isso é justo?
É justificável medir a riqueza sem medir as consequências de sua concentração?
Quando temos uma empresa educacional, uma instituição de ensino, medimos a lucratividade pelo rendimento que a empresa gera de alunos matriculados e pagantes, nunca medimos pela qualidade do ensino, pelos efeitos que essa mesma instituição gera na redução da violência, na melhora da qualidade de vida de maneira geral.
Logo, a palavra riqueza, capital, está engessada na quantificação do potencial lucrativo medido de maneira quantitativa. Incapaz de medir o potencial de superação das limitações humanas ou da necessidade de regeneração e sustentação ambiental, o que é também capital.
Podemos ter ambientes lucrativos que definham gradativamente e condenam a própria existência humana. Locais que produzem males de custo elevado e que se desdobram em problemas permanentes.
Esta maneira simplificada de enxergar a economia tem se tornado um obstáculo ao investimento na qualidade humana e ambiental. Não se considera a superação dos dilemas sociais como riqueza e da saúde mental das pessoas como condição fundamental de produção.
Acredita-se que o resultado é efetivamente a conta que se fecha no azul e não a manutenção das relações saudáveis e eficientes para a permanência de um empreendimento. Não se considera o potencial como condição de preservação, regeneração e qualificação, mas sim de lucro quantitativo a qualquer preço.
Nesta mentalidade, estamos deteriorando os seres humanos e condenando o futuro. Estamos eliminando possibilidades de médio e longo prazo, pagaremos um preço por isso. Melhor, já estamos pagando.
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