O encontro entre diretores do Hospital do Câncer de Maringá , o prefeito e o secretário de saúde da cidade foi tenso. Durante quase uma hora, houve discussão e interrupção da fala de ambas as partes. O encontro ocorreu durante a tarde desta quinta-feira (10), em uma sala dentro do Paço Municipal, e foi aberto a jornalistas. O Prefeito Ulisses Maia estava irritado, dizendo aos diretores do HC que eles deveriam explicar por que espalharam a informação de que o hospital poderia fechar, caso não recebessem um dinheiro da Prefeitura, e que ele não aceitaria ser coagido.
A reunião foi chamada por Maia para pôr fim à história envolvendo o HC. É que na semana passada surgiu um boato em um blog de que o local poderia fechar por falta de recursos do município. E aí o assunto ocupou a imprensa. Na ocasião a Prefeitura explicou que devia cerca de R$ 2,5 milhões da chamada extrapolação – que são procedimentos que o hospital faz além do que o contratado, que pagaria ainda em janeiro. Mas o assunto ganhou mais proporções após a diretoria do hospital dizer à imprensa que poderia ter problemas e diminuir os trabalhos.
Aí, na terça-feira (08), numa coletiva de imprensa foi apresentado o seguinte dado: que o Hospital do Câncer está com atraso no repasse da extrapolação porque uma auditoria apontou que eles queriam receber R$ 400 mil reais por 37 atendimentos no meio do ano passado; e, na verdade, deveriam receber R$ 14 mil, 28 vezes menos.
Em 2018, o Hospital do Câncer recebeu R$ 24 milhões por parte da Prefeitura.
Tudo isso foi falado na reunião desta quinta. E após muita conversa, foi dito que não existe chance de fechamento do Hospital do Câncer em Maringá.
Por conta de tudo isso, 45 prestadores de serviços de saúde estão recebendo novas auditorias. No caso do HC, uma mais específica e minuciosa. E, se não houver problemas, pelo menos uma parte da extrapolação deve ser paga em até 20 dias, disse o secretário municipal de Saúde, Jair Biatto.
Apesar da reunião tensa, o Prefeito Ulisses Maia disse não ter nada contra o HC.
O diretor-executivo do Hospital do Câncer, Martin Ramíro, afirmou que nunca cobrou R$ 400 mil reais, e que não se preocupa com a auditora. Já a Prefeitura tem notas que mostram isso. Apesar da discussão, Ramíro disse que só queria saber quando iria receber o dinheiro da extrapolação.
Na reunião, a Prefeitura também falou que, caso o HC fechasse, poderia credenciar outros locais para atender casos de oncologia.
Victor Simião/ CBN Maringá
Saúde em Maringá
Após reunião tensa, Prefeitura e HC dizem que hospital não fecha
Saúde por Victor Simião em 10/01/2019 - 18:36Encontro entre prefeito e diretoria da entidade foi aberta a jornalistas. Houve muita discussão. Por conta de problemas em uma conta, executivo municipal está avaliando todos os procedimentos das prestadoras de serviços de saúde em Maringá.
Notícias Relacionadas
Notícias da mesma editoria
Respeitamos sua privacidade
Ao navegar neste site, você aceita os cookies que usamos para melhorar sua experiência. Conheça nossa Política de Privacidade