
Opinião
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Muitos se apresentam como defensores da chamada "verdade absoluta", afirmando com veemência que a realidade é estática, inquestionável e restrita ao que se vê na superfície. Essas pessoas tendem a ser taxativas, considerando sua percepção como a única válida. No entanto, há aqueles, em menor número, que possuem um olhar mais sensível e perspicaz, capaz de enxergar além do óbvio e do aparente. É por isso que frequentemente se confunde verdade com obviedade ou com a mera observação superficial.
A observação atenta nos permite desvendar aspectos da realidade que escapam à maioria das pessoas. Enquanto a multidão passa despercebida, alguns poucos eleitos conseguem captar a essência das coisas, que se revela diante de todos, mas que nem todos os olhos são capazes de perceber. Essa habilidade de ver o que ninguém mais vê é atribuída por alguns ao treinamento e por outros a uma capacidade inata.
A arte frequentemente nos oferece exemplos de artistas que expressaram em suas obras essa profundidade da realidade que escapa à percepção comum. Um exemplo notável é Claude Monet, com sua obra "Estação de Sainte-Lazare", pintada em 1877. Nessa pintura, Monet se concentra em capturar a sensação de movimento e a interação das luzes, em vez de retratar as formas exatas da estação.
Assim como na arte, a vida também pode ser compreendida em um nível que transcende o óbvio e os fatos. Existe uma maneira de experienciar a vida que valoriza a sensação e o significado dos eventos, em vez de apenas descrevê-los.
Enquanto alguns se contentam em colecionar fatos, os seres humanos mais completos buscam a plenitude na experiência vivida. Eles se sentem vivos ao vivenciar plenamente cada momento, independentemente de sua natureza, e buscam enxergar além da aparência superficial da vida.
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