Olá, pessoal, hoje nossa máquina do tempo está ancorada em 2008. Vou narrar a tranquila campanha de reeleição do prefeito Silvio Barros.
Em 2008, o prefeito Silvio Barros chegou ao fim de seu primeiro mandato com um leque amplo de obras realizadas, viabilizadas principalmente mediante a atração de verbas federais, e com um elevado índice de aprovação. Era, portanto, o favorito. Teve, porém, que enfrentar adversários qualificados: o ex-prefeito João Ivo Caleffi, agora candidato pelo PMDB; o deputado estadual Enio Verri (PT), o deputado estadual Dr. Batista (PMN); o advogado e futuro deputado estadual Wilson Quinteiro (PSB), a sindicalista Ana Pagamunici (PSTU) e o sindicalista Claudemir Romancini (PSOL).
O prefeito Silvio Barros largou na frente, articulando um discurso de prestações de contas sobre o que havia feito com um leque de propostas que sinalizavam a renovação do projeto governista. Desde o início, as pesquisas lhe atribuíam um patamar de mais de 50% dos votos válidos, suficiente para ganhar a eleição já no primeiro turno.
Os candidatos de oposição tinham dois desafios. O primeiro era provocar o segundo turno. Para isso, precisariam estimular a diminuição do patamar de intenção de votos atribuído ao prefeito. O outro desafio era conquistar a vaga restante em um eventual segundo turno, para duelar com o prefeito em novas condições. Segundo as pesquisas, havia relativo equilíbrio entre quatro candidatos: Caleffi, Verri, Quinteiro e Dr. Batista, e a situação assim se manteve até a reta final.
Nas duas últimas semanas, conseguindo imprimir um volume intenso de campanha, Ênio Verri desgarrou do pelotão intermediário e assumiu a segunda posição, abrindo distância do terceiro lugar. Mas o objetivo de provocar o segundo turno não foi atingido, pois seu crescimento se explicava, em parte, pela migração de votos dos demais candidatos da oposição e, em parte, pela atração dos indecisos.
O prefeito Silvio Barros, novamente tendo como vice Carlos Roberto Pupin, conduziu sua campanha sem chegar a ser ameaçado por um candidato em particular ou pela soma dos votos da oposição, sacramentando a vitória já no primeiro turno, mediante a conquista de 57% dos votos válidos. Ênio Verri chegou em segundo com 21% e Wilson Quinteiro foi o terceiro, com 7%.
Com isso, Silvio Barros se tornou o primeiro – e até agora único - prefeito a ser reeleito em nossa história, desde que essa prerrogativa passou a ser facultada. Além disso, desde a introdução da regra dos dois turnos, também era primeiro, e até agora único, prefeito a ganhar a eleição já no primeiro turno. Somando as duas marcas, até o presente momento, é o primeiro e único prefeito reeleito no primeiro turno.
A reeleição de Silvio Barros conferiu à prefeitura oito anos de continuidade administrativa, algo que não se via desde 1964, quando João Paulino influenciou a eleição de seu sucessor. Essa marca seria ampliada em 2012, como abordaremos em outro programa.