Na comparação com a eleição majoritária, constata-se que a candidatura do novo prefeito esteve vinculada a um número maior de vereadores eleitos do que a campanha de seu adversário no segundo turno. Ou seja, a coligação de Silvio Barros elegeu 5 vereadores e a de João Ivo Caleffi elegeu 3 vereadores.
Para a eleição da décima terceira legislatura, a composição da Câmara foi reduzida de 21 para 15 cadeiras. Ao que tudo indica, especialmente porque notificada em momento próximo da eleição, a redução do número de cadeiras teve o efeito, conjuntural, de elevar o número de reeleitos.
De fato, registra-se o mais elevado indicador de reeleição da história, pois 11 dos 21 que iniciaram a legislatura anterior foram reconduzidos. Pela nova configuração, eles se tornam 11 vereadores de 15 titulares, mais de 2/3 da Câmara.
Eis os reeleitos: Altamir dos Santos, Aparecido Regini (Zebrão), Belino Bravin, Dorival Dias, Edith Dias Carvalho, John Alves Correa, Marcia Socreppa, Mario Hossokawa, Marly Martins, Valter Viana e Walter Guerlles.
O vereador John Alves Correa foi reconduzido à presidência e comandou a Câmara ao longo de toda a legislatura. Saliente-se que John Alves Correa presidiria, assim, a Câmara por seis anos ininterruptos. Somando outro exercício de que foi titular entre 1998 e o ano 2000, ele totalizou 8 anos na presidência, um recorde histórico.
A bancada feminina foi composta por três vereadoras reeleitas: Edith Dias de Carvalho, Marly Martins e Márcia Socreppa. Assinale-se que Edith Dias de Carvalho completava o quinto mandato, o último de sua longa atuação como vereadora. Ao se despedir, ela era detentora da segunda posição na quantidade de mandatos exercidos, atrás apenas de Kazumi Taguchi.
O campeão de votos foi o vereador Belino Bravin, que obteve 6422 votos. Foi a segunda vez que um vereador reeleito foi o mais bem votado, mas Bravin foi além dessa marca, pois superou, em números absolutos, o recorde de Ferrari Junior, obtido no longínquo ano de 1976.
Deve-se considerar que a redução de cadeiras implica maior concentração de votos aos eleitos, um fenômeno que pode ser aferido em toda a bancada. Na eleição anterior, apenas seis dos 21 eleitos ultrapassaram o patamar de 2 mil votos. Em 2004, nenhum dos 15 eleitos obteve menos de 2000 votos.
Em números relativos, proporcionais ao eleitorado, os recordes da época do bipartidarismo são intransponíveis. Os recordes obtidos nas últimas eleições devem ser avaliados em face das novas circunstâncias.