A Prefeitura de Maringá compra muito. De material de escritório e limpeza a alimentos e tecidos. Em 2018, a administração gastou em compras como essas 471 milhões de reais. 40% desse total saiu da cidade porque os fornecedores não eram daqui. E apenas 15%, ou 71 milhões de reais, foram para o caixa de pequenas e microempresas.
Em 2015, esse gasto tinha sido maior. 120 milhões de reais irrigaram as pequenas e microempresas da cidade graças às licitações públicas municipais. Por que o valor caiu? E como fazer com que mais dinheiro fique na cidade e na mão dos pequenos empresários, que assim podem movimentar a economia local e crescer gerando mais empregos? Essas perguntas serão respondidas pelo Maringá Compra, um programa criado para estimular a participação dos pequenos fornecedores locais em licitações.
A gerente da Sala do Empreendedor, Cássia Mendonça, explica que a lei permite um tratamento diferenciado aos pequenos, como, por exemplo, pagar mais pelo produto local. O retorno vem na forma de impostos e empregos.
Outra possibilidade é a divisão de licitações em lotes para fomentar a participação de MEIs. Os microempreendedores individuais podem participar de lotes de até 80 mil reais. O Maringá Compra terá 90 dias para apresentar propostas após as rodadas de conversas com os fornecedores.