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Opinião
Por que as pessoas deliram em vez de sonhar?
O comentário de Gilson Aguiar por Gilson Aguiar em 02/05/2023 - 09:34
Sonho ou delírio?
Há uma diferença muito grande entre o que se quer fazer e o que se sabe fazer. O que se encontra nas relações de trabalho ou mesmo na vida pessoal é a ideia de que os nossos desejos são uma expressão sincera do no potencial. Isso não é verdade.
Nunca se propagou tanto e aos “quatro cantos” que o que nos impulsiona é o nosso sonho e que ele não pode morrer. Agora nós morremos frustrados por delírios um dia sonhados.
Por isso, se confunde sonhar com delirar. Acredita-se que ter vontade é possibilidade. Vende-se a ideia de o que gostaríamos de ser é a possibilidade objetiva de realizar.
Vivemos o estímulo as ilusões. Carregados o tempo todo de falsas promessas de quem em nós repousa tudo o que desejamos, basta querer. Se vende mais com esse discurso na proporção em que se frustra com as decepções.
Não por acaso, tem gente que vive sonhando.
Não quero dizer que você está condenado ao fracasso. Ao contrário, estou falando que é possível ser potência e promover mudança. É viável ser competente e eficiente em realizar o que se busca.
Goiabeira não dá manga
Contudo, somente, quero lembrar que não se pode ser o que não se é. Não se tem potencial para tudo. Não é porque se deseja que se terá o que quer.
Se tem o que pode, se pode muito, mas não tudo.
Se desejo ser mais do que sou, devo criar condições para que isso ocorra. Para começar, parto daquilo que tenho, dos instrumentos que me podem me gerar mudança. Se ainda não tenho, devo criar esta condição e, depois, o compromisso com a transformação. Traçar metas e objetivos.
Quando vou traçar um caminho, organizo o trajeto. Por onde quero passar e em cada tempo, onde quero chegar, até terminar a jornada da mudança.
A trajetória não precisa ser engessada, pode ser alterada, só não deve ser abandonada ou se transformar em um mar de expectativas. Colocar metas inalcançáveis.
Por isso, saber o que se pode fazer é fundamental para se chegar a algum lugar. Isto só é possível sustentado na consciência. O quanto posso agir, caminhar, na busca de mudar. Dar um passo na proporção que as “pernas” sustentam.
Conhecer-se e fazer disso o ponto de partida para a mudança. Não há outro lugar para se partir, para se chegar o mais longe que seja. Não ficando admirando o horizonte que se deseja, o outro que se “inveja” que faremos alguma coisa.
Até aqui não há nada de novo. Porém, a realidade do mundo das empresas mostra que este óbvio não é compreendido. Nelas, há muitas metas inalcançáveis que são colocadas com viáveis e eliminam a melhora.
Além do que, empresas que cobram metas abusivas de seus funcionários podem sofrer ação judicial por assédio moral. Quando a coisa é no pessoal, e nós nos colocamos metas e objetivos abusivos, estamos destruindo nossas possibilidades.
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