CBN Maringá

É um cenário comum em empresas e na vida: problemas que se repetem. Nossa primeira inclinação costuma ser culpar as pessoas. Acreditamos que a responsabilidade pelos erros cometidos está diretamente ligada aos atos dos indivíduos. Se algo dá errado, a culpa é de quem fez.

Perspectiva do processo

Mas e se a raiz do problema não estiver nas pessoas, mas sim no processo? A forma como organizamos as interações, as etapas de uma produção, ou a prestação de um serviço pode, na verdade, colocar as pessoas em uma situação de dificuldade.

Nesses casos, a repetição dos erros não é um sinal de incompetência individual, mas uma falha sistêmica. A maneira como orientamos, informamos e treinamos a equipe, ou como as etapas de um projeto se conectam, pode ser o verdadeiro ponto fraco. Muitas falhas ocorrem porque os colaboradores recebem informações erradas ou porque o que eles entregam não se alinha com as necessidades de quem receberá o serviço.

 

Ciclo vicioso da troca de pessoas

Infelizmente, em muitas empresas, a solução é sempre a mesma: substituir pessoas. A lógica é que, se o problema persiste, a culpa é de quem está na equipe. Trocamos um funcionário por outro, na esperança de que a nova pessoa seja mais eficiente. No entanto, o problema se repete.

Esse ciclo de substituição constante não apenas gera prejuízos e desgaste, mas também compromete toda a eficiência da empresa. Em vez de resolver a questão, acabamos apenas mascarando-a, ignorando a necessidade de uma análise mais profunda e sistêmica.

Verdadeira solução

A verdadeira mudança acontece quando olhamos para o espelho do processo, e não para o do indivíduo. É fundamental rever o processo, não apenas as pessoas envolvidas.

A substituição de uma pessoa, a contratação de outra, ou o rompimento de relacionamentos, trazem custos e, muitas vezes, não solucionam a raiz do problema. É preciso refletir: estamos buscando um culpado ou uma solução? A resposta pode estar na reorganização, na comunicação clara e no aprimoramento das etapas de trabalho.

Pense nisso da próxima vez que um problema se repetir. Talvez a resposta esteja não em quem faz, mas em como é feito.

 

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