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Opinião
Otimismo na economia aponta o caminho da normalidade
O comentário de Gilson Aguiar por Gilson Aguiar em 13/07/2021 - 08:38Há uma expectativa significativa para o crescimento da economia do país no segundo semestre. Segundo o Relatório Focus, o país deve ter um crescimento do Produto Interno Bruto de 5,2%. A maior alta em 11 anos.
O setor industrial pode ser o responsável por isso. Não todo ele, mas parte significativa vinculada a construção civil e setor de alimentos. Falando nisso, as commodities são apontadas como uma das alavancas desta boa fase que deve se cumprir no segundo semestre.
A eficácia das vacinas contra a Covid-19 que já demonstram efeitos na redução do número de casos e mortos pelo coronavírus vai gerando um clima de confiança que, aos poucos, permite relaxamento de medidas. Mesmo assim, com cautela. Qualquer ação desordenada, pode trazer consequências desastrosas.
Outro fator importante é que a população, por muito tempo represada, deve retomar seu deslocamento. O consumo deve ser para muitos uma válvula de escape para os momentos de angústia. A mudança na vida das pessoas deixou um preço, para alguns foi crédito e para outros débito. Há os que se reinventaram e os que viram seu mundo se desfazer.
A pandemia ficará na mente de poucos com um trauma a ser guardado na consciência. Um fator determinante para mudança de conceitos e hábitos. Para uma maioria, ela vai se apagar aos poucos, até desaparecer como critério ou referência para o futuro.
O ser humano tende a não se apegar as dores do passado. Assim, muitos preferem tocar o futuro sem uma referência na origem. O desejo constante de viver um momento de cada vez sem deixar rastros pelo caminho e marcas que lembrem de onde se vem.
A chamada memória curta realmente existe. Na sociedade atual mais do que nunca. Ela se transformou na condição fundamental de viver sem peso. Condição típica do ser humano contemporâneo. Ele se inocenta e assim consegue conduzir a vida sem peso ou arrependimento.
Logo, o crescimento do PIB pode ser um reflexo de uma vida que se quer como antes. O discurso de que “Éramos felizes e não sabíamos”. Uma projeção que denuncia nossa a amnésia e uma ausência de projetos para o futuro. Com todos dispostos a retornar ao consumo e aquecer a economia.
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