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Mudar depende mais da nossa ação do que da intenção. Querer fazer diferente implica em se comprometer de fato com a solução e romper com os vícios de cultuar o problema. A pandemia deixou marcas inesquecíveis em muitos, todos fomos atingidos.
Porém, quem deseja lembrar e aprender com a lição? Poucos devem rever seu comportamento e muitos desejam o normal o mais rápido possível. Sem ter a dimensão do quanto corremos riscos.
Cai por terra a máxima filosófica de Aristóteles da consciência da coletividade e a responsabilidade que temos no exercício da vida na polis. Agir pelo bem comum não é conduta da maioria. Logo, a democracia que o pensador grego questionava por ser dos maus regimes o menos ruim. O motivo está no interesse particular sobre o da maioria.
Logo, o caminho para uma melhora na vida coletiva se deposita na prática de cada um. Até onde pensamos nas consequências dos nossos atos? Nos responsabilizamos pela parte que nos cabe e o tamanho do juízo é a dimensão do nosso ato.
Me surpreende as pessoas desejarem mudanças quando a grande maioria delas é o obstáculo para a superação de um problema que afeta a todos nós.
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