A Operação Força e Honra foi deflagrada no dia 14 de julho pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Ministério Público. A operação apura crimes que teriam sido cometidos por agentes públicos.
15 policiais rodoviários estaduais foram presos. Um deles foi solto. Outros policiais foram citados no processo. Segundo o Ministério Público, havia um esquema de cobrança de propina em rodovias da região noroeste.
As investigações apontaram que ônibus que transportavam contrabando só eram liberados após o pagamento de uma espécie de pedágio, em dinheiro ou em mercadorias. O processo corre em sigilo na Justiça Militar.
O advogado criminalista Luciano Mazeto Barbosa, que representa dois policiais citados nas apurações, explica que nesta fase do processo as defesas podem ter acesso amplo à acusação e apresentar seus argumentos.
No último dia 17, segundo o advogado, a Justiça deferiu um pedido dele em nome de um dos clientes para que se apure possíveis irregularidades cometidas no cumprimento de uma ordem judicial.
O juiz determinou que se apure possível cometimento de abuso de autoridade no cumprimento de um mandado de busca e apreensão, que teria ocorrido de madrugada, contrariando a Constituição Federal e o Código de Processo Penal Militar. [ouça o áudio]
O advogado disse que uma vez constatada essa irregularidade, parte do processo pode ser anulada. [ouça o áudio acima]
A CBN entrou em contato com o Gepatria, do Ministério Público em Umuarama, e aguarda um retorno. A CBN tenta contato com a Corregedoria da Polícia Militar.
Atualizado às 16h23 - A Polícia Militar informou que não irá comentar para não atrapalhar o andamento do processo.
Atualizado às 17h50 - O promotor de Justiça Diogo de Araújo Lima, do Gepatria de Umuarama, explicou à reportagem da CBN Maringá que a Justiça Militar determinou a apuração de suposto abuso de autoridade em um mandado de busca cumprido no armário pessoal de um dos investigados dentro da Esfaep, em Maringá. O Ministério Público concordou com a nulidade desta busca e apreensão porque ela ocorreu às 2h, fora do período legalmente permitido. Mas o promotor explica que o policial que cumpriu o mandado estava na Esfaep para a organização da Operação Força e Honra, que seria desencadeada às 6h. . Acontece que lá também estava sendo realizado um curso e o investigado em questão estava no curso. Como havia sinais de vazamento de informações sobre a operação, o policial decidiu cumprir o mandado de busca na madrugada.
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