A Operação Força e Honra foi deflagrada na manhã desta quarta-feira em 18 cidades. Foram cumpridos 56 mandados de busca e apreensão e 15 de prisão preventiva.
Os presos são 14 policiais militares rodoviários que atuavam em postos rodoviários da região noroeste do Paraná.
Entre eles o comandante da 4ª Cia de Polícia Rodoviária de Maringá.
Também foi cumprido um mandado de busca e apreensão na Câmara Municipal de Campo Mourão, porque um dos presos é um vereador, dono de uma loja de eletrônicos. A Câmara Municipal emitiu uma nota informando que a prisão não tem qualquer relação com o Legislativo.
O vereador é suspeito de vender na loja dele mercadorias que os policiais recebiam como propina.
Para desvendar o esquema, os núcleos Gaeco de Maringá e Gepatria de Umuarama, do Ministério Público, tiveram acesso a dados telefônicos e bancários dos investigados.
A promotora de Justiça Juliana Costa explica que o esquema de cobrança de propina era sistemático. Os pagamentos eram feitos mesmo sem abordagem. [ouça o áudio acima]
A investigação começou em agosto de 2020 após a Corregedoria da Polícia Militar receber a denúncia de uma vítima. Por isso, o comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, coronel Hudson Leôncio Teixeira, acompanhou a ação em Maringá nesta quarta-feira. Segundo ele, para transmitir a mensagem de que os maus policiais serão punidos e os bons valorizados. [ouça o áudio acima]
A CBN não conseguiu contato com o advogado do comandante da PRE em Maringá, preso na operação. O advogado do vereador de Campo Mourão disse que o cliente foi surpreendido com a acusação e prisão e irá colaborar com as investigações.
Atualização às 14h11 - O Gaeco que atua no caso é o de Cascavel e não de Maringá.
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