Quando a guerra vira o hábito

É triste observar que a guerra no Oriente Médio, entre Israel e Hamas não deve ter fim tão cedo. O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) busca uma forma de conciliar as partes. Mas, tudo o que se alcançou até agora é temporário.

A guerra constante já não se sustenta mais em um ideal, mas na sua continuidade. Não é mais a busca de uma vitória sobre o inimigo, mas de viver em constante conflito. A guerra vira uma profissão.

O que estamos assistindo na Ucrânia invadida pelos Russos é um desdobramento semelhante. O movimento de tropas, os gastos militares, a indústria da guerra vive um “bom momento”. As ações dos grandes fabricantes de armamentos estão em alta.

A guerra já é mundial, só expressa em cada lugar

Em regra, se teme o início de uma terceira guerra mundial. Sempre se considera o extremo dos conflitos. Porém, se esquece que as guerras permanentes e moleculares, espalhadas pelo mundo. Elas estão alimentando o ódio e se tornando válvulas de escape de uma violência com mortos acima de um conflito mundial.

Vale lembrar que a maioria dos mortos são vidas descartadas vivendo em áreas de risco. Elas são o principal alvo da destruição. As vidas noticiadas nos meios de comunicação internacional são aquelas em que as famílias e a sociedade lamentam a perda pela importância material da vítima.

Os que são vistos a gritar e chorar pelos mortos comumente enterram seus familiares em vala comum. São descartáveis, o alvo mais fácil e a perda humana que não exige reparo. E dos dois lados se grita o direito secular religioso pela terra. As duas religiões coirmãs pregam a paz e a tolerância, mas são hoje justificativa da violência.

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