Comentário
Gilson Aguiar comenta os debates na Câmara de Maringá
O comentário de Gilson Aguiar por Gilson Aguiar em 23/02/2018 - 08:38Não há o que reclamar. A câmara de vereadores de Maringá expressa discordâncias e embates dos mais variados. É a democracia. Assistimos hoje, no legislativo municipal, o que durante muito tempo foi raro, os debates acirrados, os confrontos apaixonados, as manhas e artimanhas para vencer grandes e pequenas questões. Em ano de eleição, o ambiente promete mais tensão.
Este ambiente não é ruim, é democrático. Nos embates se expressam interesses e alianças. Apoiadores do atual governo, seus opositores. Há a emergência dos nomes que ganham prestígio e os que ficam no anonimato. Homero Marchese, Mário Verri, Carlos Mariucci, Mário Hossokawa, muitos parlamentares estão ficando mais populares. Em um ano de eleição isto é bom. Parte dos vereadores quer disputar um cargo no legislativo estadual ou federal. É hora de se fazer notar.
Há que se considerar a participação popular. A plenária da câmara municipal tem tido a presença de pessoas com interesse na votação. Seja por estarem envolvidos diretamente com o tema discutido ou para defender seu personagem político querido. Empolgante perceber que parte da sociedade descobre a importância dos debates legislativos. Quanto mais atentos, menos decisões são tomadas à surdina. Afinal é fácil governar uma sociedade cega.
Na última sessão da câmara de vereadores, por 10 a 2, Carlos Mariucci se livrou de uma comissão processante. Um cidadão, José Duarte Cyrino, membro do Observatório Patriotas, protocolou uma denúncia contra o vereador do PT. A denúncia é de possíveis irregularidades no programa de moradias populares em Maringá da Cooperativa Habitacional Central do Brasil (Coohabras) em parceria com a Associação Reflexão e Ação Social (Aras), entidade ligada à igreja católica, que foi presidida por Mariucci.
Porém, o ambiente que ficou democrático, e é muito melhor do que mandados anteriores do legislativo municipal, está longe de representar uma defesa de um grande projeto político. Continua sendo, predominantemente, imediatista, de interesses pessoais ou de segmentos restritos. Continua vigorando mais o projeto pessoal do que o compromisso com a representatividade social. Mas este não é um mal só nosso, é do país.
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