Gilson Aguiar comenta o perigo do radicalismo na política

Gilson Aguiar comenta o perigo do radicalismo na política

O comentário de Gilson Aguiar por Gilson Aguiar em 10/01/2018 - 08:46

Diversidade é característica da espécie, a convivência é sempre difícil. Vivemos a procura de um padrão. Mesmo no pensamento. Porém, o que nos salva é a possibilidade, a multiplicidade, por mais que muitos às combatam.

Maringá tem nas ruas e nas ações suas divergências, tanto de ideias quanto de ações. Democracia é isso. Não se faz liberdade sem diversidade. Não se garante a possibilidade da felicidade com um padrão de comportamento. Existir de forma plena é descobrir as diversas alternativas que a vida apresenta. A convivência entre as diferenças, porém, é coisa de adultos conscientes.

Outdoors, painéis e manifestos a favor da Lava-Jato, do Juiz Sérgio Moro, da Justiça e da Polícia Federal estão sendo espalhados pela cidade. Nas redes sociais se multiplicam também as postagens com as mesmas manifestações. Tudo isso é um direito.

Neste sábado, ocorre uma manifestação a favor da candidatura do ex-presidente Lula. O Partido dos Trabalhadores irá organizar um comitê para a defesa da candidatura do ex-presidente. A presidente nacional do PT, a senadora Gleise Hoffmann era esperada para o ato, mas não poderá vir. Vai participar de uma manifestação no mesmo sentido em Porto Alegre. Isto também é um direito.

Democracia é isso.

O temor maior é de que o encontro entre as divergências gere violência. Quando ocorre, entra em cena o radicalismo. Há adeptos da violência independente da posição lógica ou ideológica que tenham. Tem que goste do extermínio. A prática de eliminar o outro, o diferente, está acima de qualquer crença. Crer, defender, se posicionar é questão secundária para quem adora um confronto.

Democracia não é isso. Ela não combina com a ignorância. A falta de conhecimento associada à intolerância gera excessos e excessivos. Transformamos temas a serem debatidos com razão lógica, mesmo que com sentimento, em paixão desenfreada pelo extermínio dos opositores. Crises geram excessos e ascensão do radicalismo. Em vários momentos da história isto ficou claro. Foi assim que o nazismo ascendeu na Alemanha. 

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