Comentário
Gilson Aguiar comenta o comportamento do pedestre no trânsito
O comentário de Gilson Aguiar por Gilson Aguiar em 30/11/2017 - 09:24Maringá tem números preocupantes no trânsito. O número de pessoas mortas em atropelamentos este ano é maior do que no ano passado, neste mesmo período. Em 2016 foram 10, este ano são 12. A Avenida Colombo é a líder em acidentes e mortes.
Dois atropelamentos marcam a semana. Um, na Colombo, com uma mulher de quarenta um anos, a vítima morreu no local. Já, na Avenida Tuiuti, uma senhora de 76 anos foi atropelada por uma motocicleta e está em estado grave.
Vale falar do pedestre. Quem é este personagem no trânsito que, segundo o Código Nacional, deve ser o mais protegido? Porém, como os outros motoristas dos demais modais, comete seus abusos. O pedestre não pode ser vitimado. Ele é cúmplice, em muitos casos, do seu destino.
A educação no trânsito é algo fundamental para que o fluxo seja feito com respeito. Porém, temos que admitir que a grande quantidade de automóveis faz do deslocamento um desafio. Ônibus precisam andar espremidos entre os carros e motos. Temos que educar o pedestre em meio a isso.
Muitas vezes a travessias das ruas e avenidas são em locais inadequados, onde não há faixa. A distração ou confiança de que o atropelamento vai desgraçar a vida do motorista faz dos abusos do pedestre um ato de afronta. O pedestre sabe de sua fragilidade, mas também de sua fatalidade.
Por outro lado, o motorista ao ver o pedestre avançar a sua frente, tem mais a vontade de acelerar do que de frear. Nesta condição, os cães soltos em meio às vias levam mais consideração dos condutores. Nos semáforos abertos aos veículos, os pedestres atravessam. Na via movimentada sem olhar.
Não quero aqui culpar somente o pedestre, fazer dele um vilão, longe disso. Ele é vítima. É o elemento mais frágil do deslocamento urbano. Porém, não pode ser vitimado. Ele, como todos em nossa vida, somos responsáveis em grande parte pelo nosso destino.
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