Gilson Aguiar comenta o caso Marchese

Comentário

Gilson Aguiar comenta o caso Marchese

O comentário de Gilson Aguiar por Gilson Aguiar em 14/11/2017 - 09:11

A política é a construção do poder sabendo lidar com as forças que o sustentam. Não se faz política e se agrega poder com a solidão na vida pública. Isto é regra. Navegar ao contrário da articulação, das alianças, dos acordos e da conivência é, na prática política, uma sentença de morte.

A questão de Homero Marchese na Câmara de Vereadores de Maringá não é diferente. O isolamento do parlamentar explica seu fim. Não se questiona sua representatividade, não se questiona a campanha inteligente que fez para chegar à câmara municipal. Marchese consolidou um nome com uma habilidade de fazer das redes sociais um instrumento fantástico de elegibilidade. Porém, ele se perdeu onde foi mais brilhante nas eleições. Perdeu-se nas redes sociais, na internet.

No exercício da função, Marchese fez a política do princípio e não do ambiente. Agiu mais pela ação imediata do que filtrar a possibilidade ou não de transformar informação em deformação, da ação que rompe com a articulação. Acreditou no que muitos políticos acreditaram e se perderam, na legitimidade do cargo e na validade dos votos.

Sem comparar o mérito, nem caráter e nem a função, como Collor e Dilma, ambos acreditaram na força do número de votos, na popularidade adquirida com as eleições. Porém, na vida pública, isto não é o suficiente para garantir a permanência. Mesmo que seja legítima a crença da escolha democrática. O exercício da função pública, do representante público, requer mais que a escolha do voto. É importante que se entenda isso. Tanto o eleito como o eleitor.

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