Gilson Aguiar comenta a produtividade e os feriados em 2018

Comentário

Gilson Aguiar comenta a produtividade e os feriados em 2018

O comentário de Gilson Aguiar por Gilson Aguiar em 05/01/2018 - 08:42

Quase sempre falamos dos prejuízos que os feriados trazem. Bom, depende. O setor em que se atua é uma variável. Para quem trabalha com produção de bens, é prejuízo, o comércio reclama. Mas se ele estiver em um local turístico ganha. Fica aberto para atender o visitante. A mesma coisa as empresas de turismo, os hotéis e restaurantes. Estes ficam mais felizes com feriados. Logo, de que lado você está? Depende do interessado.

Mas um dos fatores fundamentais para se medir o prejuízo do feriado é o tempo de produtividade. Quanto tempo nós gastamos para gerar riqueza? Quanto mais baixa nossa qualificação, mais tempo gastamos em uma atividade de pouco valor agregado. Somos mais facilmente substituídos. E temos que trabalhar muito tempo para pagarmos o custo de nossa existência. As pessoas se esquecem de que a vida, na sociedade de mercado, tem preço.

Quando falamos do tempo trabalhado, o valor do tempo está relacionado diretamente ao sentido econômico da existência. Podemos não pensar nesta lógica todos os dias, mas ela é o fator racional que nos permite entender a relação nossa com a aquisição das condições para se viver. Falamos que a felicidade não tem preço, na sociedade atual, para muitos tem. Porém, a compra dos desejos que nos fazem felizes requer a capacidade de consumo, dinheiro. E o salário que se recebe é a dimensão da riqueza que se gera.

Em pouco tempo, geram riqueza que muitos, em muitas horas, não geram. Muitos empresários reclamam do excesso de feriados. Tem sua razão. Muitos funcionários agradecem o feriado, também tem sua lógica. Mas entre os que gostam ou não, a lógica é quanto custa o tempo de cada um e, principalmente, quanto cada um gera quando está trabalhando. O grande problema está em um grande número de pessoas que paradas ou trabalhando, a diferença na produção de riqueza é quase nenhuma.

Por isso, os mais qualificados e melhor remunerados geram mais riqueza em menos tempo. Já, os desqualificados, dependendo da atividade, mesmo que trabalhem muito, geram muito pouco. Logo, mais que a quantidade de feriados, temos que nos preocupar com a pouca produtividade humana.

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