Em Maringá, o Procon notificou uma loja de rede por aumentar o preço dos produtos antes da Black Friday. Ou seja, ela teria usado de má fé e iludido o consumidor. Em reportagem de Victor Simião, o diretor do órgão de defesa do consumidor afirma que a empresa terá um prazo para justificar a alteração dos valores. Caso ela não faça e convença, poderá ser multada.

Esta prática da vantagem é uma questão cultural. A “lei de Gerson” ainda existe. A propaganda do cigarro em que o craque do futebol legitima a busca de ganhar, seja como for. Ele não induzia ninguém, apenas expressava o que uma parte considerável dos que assistiam a propaganda pensava.

Ainda estamos vivendo a lei da vantagem. Estimulados por um ambiente de consumo, envoltos com a sedução da aquisição, a falsa ideia de que vamos ganhar sempre se impregna na fantasia publicitária. Contudo, o consumidor busca vantagem, mas quem tem tirado são empresas que não são honestas na precificação.

Fora a enganação de descontos na Black Friday nós temos também os números encantadores das parcelas que fazem desaparecer, na mesma plaqueta do anúncio, o valor final do produto. O consumidor em seu olhar de ver o que quer e não que devia, pensa na parte pelo todo e se afoga na dívida.

Enfim, as festas de Final de Ano estão aí. Temos que pensar na prática constante do consumo e o quanto ele pode nos iludir. Ter juízo e não se deixar levar pelo impulso são boas dicas para o reino da fantasia do consumo que nos cerca, cheio de falsas ofertas.

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