Gilson Aguiar comenta a crise crônica da educação

Comentário

Gilson Aguiar comenta a crise crônica da educação

O comentário de Gilson Aguiar por Gilson Aguiar em 19/12/2017 - 08:46

Professores que exercem contrato temporário terão uma redução de salário que deve chegar a R$ 400,00. Isto para 2018. A redução é significativa, segundo o sindicato que representa a categoria.

Os professores temporários são contratados para a substituição de docentes que estejam de licença, doença ou maternidade, por exemplo. Contudo, no Paraná, não há contratação de novos professores concursados desde de 2013. Os que passaram em concurso, não foram chamados. Desta forma, os temporários se transformaram em saída permanente. Prática comum em quase tudo o que é básico para a população e oferecido pelo Estado. A política de remendos.

As universidades estaduais há muito não contratam professores, remenda com os colaboradores. Profissionais que deveriam ser temporários e que se tornam permanentes.

Por que a educação é tratada assim?

Não há heróis nem bandidos na educação. Há hábitos. O ambiente de desvalorização do docente transformou a escola em UTI (Última Tentativa do Indivíduo). Vai ser professor quem não conseguiu outra carreira ou insiste em uma profissão fundamental e que no Brasil não tem valor real.

Nas salas dos professores se misturam o fracassado e o persistente. Estão lado a lado, o incompetente e frustrado com o competente sonhador. Lamentável que o segundo desista antes do primeiro. O professor fracassado está ambientado. Ele não quer mais do que ganha e não faz por merecer mais do que recebe.

A ignorância tomou conta do país e o poder público sabe disso. Não ensinar é um pacto velado entre o governo, alguns alunos, parte dos professores e uma porção do pais. O mau vem para bem. O faz de conta das escolas ajuda a dar a aparência de mudança e os resultados são notas medíocres em avaliações internacionais. Mas para quem nada sabe, o pouco que se tem é muito.

Muito difícil dar qualidade a quem não conhece o mínimo de respeito e vive e convive com a má educação e informação  todos os dias.

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