Gilson Aguiar comenta a alta taxa de desistência do Enem

Comentário

Gilson Aguiar comenta a alta taxa de desistência do Enem

O comentário de Gilson Aguiar por Gilson Aguiar em 06/11/2017 - 08:32

No primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio teve a maior desistência, em seu primeiro dia, desde 2009, 30,2%. A prova será realizada pela primeira vez em dois finais de semana. Ocorreu ontem a primeira fase e a próxima será no dia 12.

Os que fizeram a prova reclamaram dos textos longos nas questões, o que demorava sua resolução. Outros consideraram o tema da redação complicado, “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”. Mas a crítica a prova mostra o despreparo para uma avaliação que exige mais dos que os alunos brasileiros tem para oferecer.

Em Maringá era esperado que 12,18 mil alunos tenham feito a prova. Se a cidade obedecer a tendência nacional, em torno de mais de 3 mil podem ter desistido. No Brasil são mais de 6,7 milhões de candidatos.

O que não se percebe é que nas avaliações e concursos vestibulares se denuncia os problemas do país. A permanência da nação com problemas crônicos é resultado da falta de qualificação da população. Tanto profissional como humana. O aperfeiçoamento pessoal é decisivo para cada um e para a sociedade em geral.

Nossa ignorância nos condena. Somos a falta de instrução para lidar com problemas e temos uma visão superficial dos principais dilemas que nos atingem. A desistência do ENEM preocupa. As reclamações dos textos longos e que tornam a resolução das questões complicadas é outro sintoma dos despreparo.

As escolas não preparam para um exame que tem com função classificar e diagnosticar a qualidade do aluno que está cursando o Ensino Médio. A prova cobra um conteúdo que a educação avaliada está longe de oferecer a maioria.

A educação, para a maioria dos alunos do país é Sá “fachada”. Uma piada de mau gosto denunciada no resultado da avaliação. Já o grau de desistência dos alunos é a demonstração do descrédito com o ensino ou o abandono por saber que o desempenho é medíocre, além do possível para maioria dos jovens que deveriam fazer o ENEM.

Mas a solução não é rebaixar o nível da prova, deveria ser elevar a qualidade da educação. Porém, a questão é: A quem interessa uma educação de qualidade? Seria uma ótima resposta aos problemas do país a formação de um cidadão melhor. Porém, seria um suicídio para representantes públicos que se sustentam na visão ignorante da população. A democracia fundada na burrice elege incompetentes.

Respeitamos sua privacidade

Ao navegar neste site, você aceita os cookies que usamos para melhorar sua experiência. Conheça nossa Política de Privacidade