Fake news atrapalha pesquisa sobre Covid-19 em Maringá
Foto: Andye Iore / PMM

Falso

Fake news atrapalha pesquisa sobre Covid-19 em Maringá

Saúde por Lethícia Conegero/GMC Online em 24/06/2020 - 18:33

Pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Uningá e UniCesumar, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, estão realizando testagem rápida da população nas residências. As amostras e os questionários ajudarão a entender o comportamento do novo coronavírus na cidade. Porém, uma fake news que circula nas redes sociais tem atrapalhado o trabalho das equipes. 

A mensagem falsa diz: “Avisem aos seus familiares e amigos para não abrirem a porta para ninguém que se diz da Vigilância Sanitária ou de qualquer outro órgão, dizendo que vai fazer teste para o vírus, estão assaltando as casas com esse pretexto. Não existe nenhum tipo de teste sendo feito pelo Estado ou pelo Município. Atenção! Repassem esse informativo para alertar o maior número de pessoas.” 

Com a disseminação desta informação falsa, muitos moradores têm se recusado a participar da pesquisa. As residências foram selecionadas por um programa de computador. Quando há recusa, o vizinho da direita ou da esquerda é convidado a participar e assim por diante. Mas com o grande número de negativas, o trabalho que poderia ser feito em um dia, está levando três dias para ser realizado.

“Procuramos cumprir o roteiro e o número estabelecido durante um dia, mas, com as recusas, temos que prorrogar para mais dias. Infelizmente, temos que lidar com esse tipo de situação: a tecnologia em desfavor da população. Com a situação que estamos vivendo hoje, essa informação acaba assustando mais ainda a população”, explica o coordenador do Laboratório de Virologia Clínica do LEPAC/UEM, Dennis Armando Bertolini.

Ele ressalta que os pesquisadores estão com crachás de identificação e paramentados com Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs), e não entraram nas casas para fazer a coleta.

“Nós aplicamos o testes devidamente identificados com um crachá com a logomarca das três instituições de ensino e o nome do técnico, além dos EPIs necessários, e não adentramos ao domicílio para não oferecer nenhum risco. Tudo é realizado na calçada ou no porta-malas do carro. Além disso, o carro que transporta a equipe está identificado com a logomarca da instituição”, frisa.

De acordo com Dennis Armando Bertolini, as recusas foram mais frequentes nas regiões noroeste e oeste de Maringá, principalmente nos bairros depois do Contorno Norte.

Até agora, 693 pessoas foram testadas, em três ciclos de coleta. O quarto e último ciclo inicia no dia 1º de julho.

Acesse GMC Online

Respeitamos sua privacidade

Ao navegar neste site, você aceita os cookies que usamos para melhorar sua experiência. Conheça nossa Política de Privacidade