190 dias parados. Os empresários do setor de eventos contam as horas de dificuldades desde o início da pandemia.
No dia 17 de agosto foram liberados eventos com até 30 pessoas. Mas as empresas alegam que não compensa financeiramente fazer um evento tão pequeno assim.
Na semana passada foi publicado um novo decreto, liberando eventos com até 100 pessoas a partir do dia 28 deste mês.
Também é pouco dizem os empresários. Rony Guimarães diz que as empresas e os profissionais autônomos que atuam na cadeia dos eventos querem a mesma regra aplicada a outros setores como restaurantes e igrejas: um percentual sobre a capacidade do local. [ouça no áudio acima]
O setor de eventos movimenta uma cadeia muito extensa de empresas e profissionais. Do buffet, ao aluguel de carro, tendas e roupa, fotos, assessoria e por aí afora.
Fábio Terra é funcionário registrado num buffet, que não demitiu ninguém porque mudou o contrato social e virou restaurante também. [ouça no áudio acima]
Mas a Michele Nava é profissional autônoma. Faz pizzas para festas familiares, principalmente em condomínios e está praticamente sem renda. [ouça no áudio acima]
Nesta terça-feira os empresários protestaram em frente à prefeitura. Uma noiva de luto puxou um cortejo fúnebre e um caixão simbolizou a morte do setor. Ao som de palavras como “abandonados” e “descaso” os manifestantes contornaram o Paço Municipal e fizeram muito barulho numa das entradas, bem abaixo dos gabinetes dos gestores.