Cinco pessoas são presas acusadas de revender para médicos materiais cirúrgicos que deveriam ser descartados
Foto: PC

Operação Autoclave

Cinco pessoas são presas acusadas de revender para médicos materiais cirúrgicos que deveriam ser descartados

Segurança por Luciana Peña em 24/09/2019 - 11:32

 Polícia Civil do Paraná ainda está  investigando o envolvimento dos médicos que compravam o material por preços abaixo do mercado. Em  cada cirurgia o grupo criminoso tinha um lucro de 3 mil reais.

As prisões foram nesta terça-feira na Operação Autoclave, da Polícia Civil do Paraná. Foram presas cinco pessoas e cumpridos sete mandados de busca e apreensão em Maringá, Sarandi e Mandaguaçu. De acordo com as investigações, que começaram em março deste ano, dois ex-funcionários e um funcionário de uma empresa que vende materiais cirúrgicos se associaram a um funcionário  de uma empresa de esterilização para desviar materiais usados em cirurgias e revender a médicos. O esquema foi denunciado depois que uma enfermeira de um hospital em Ponta Grossa estranhou o uso de um material cirúrgico que não tinha passada pela inspeção do setor de farmácia como é praxe. O delegado André Gustavo Feltes diz que não há participação de hospitais e nem das empresas do esquema. Os materiais reprocessados  eram usados apenas em cirurgias particulares. O esquema demonstra uma falha de procedimento. E a polícia ainda apura a participação de médicos.

Para o paciente, além do risco à saúde, há o prejuízo financeiro. O grupo criminoso ganhava até 3 mil reais por cirurgia porque vendia o material como se fosse novo.

Segundo a polícia, o grupo atuava desde janeiro de 2016. A participação de outras pessoas está sendo investigada. A CBN conversou com o advogado de dois presos que não quis dar entrevista.

 

Respeitamos sua privacidade

Ao navegar neste site, você aceita os cookies que usamos para melhorar sua experiência. Conheça nossa Política de Privacidade