O mês de fevereiro foi marcado por chuvas acima da média na região noroeste do Paraná. É bom por um lado pois, diferente do Rio Grande do Sul onde, pelo terceiro ano seguido, a seca fez com que os produtores gaúchos perdessem quase toda a produção de soja. No Paraná ocorre o inverso. E isso tem atrasado a colheita.
O produtor, Cleber Veronese Filho, tem 470 hectares cultivados com a leguminosa. Ele conta que ainda não teve prejuízos por causa da chuva. Mas está no limite. Se a expectativa de colheita deveria ter chegado aos 60%, até agora não passou dos 5% do total. [ouça o áudio acima]
O agricultor Marco Bruschi Neto tem cerca de 390 hectares de área plantada com a soja. Ele explica que iniciou a colheita em uma propriedade na cidade de ngulo, onde não tem chovido tanto. Em Maringá e Floresta, se não chover, as máquinas devem iniciar o trabalho no fim de semana. [ouça o áudio acima]
E a preocupação do Cleber e do Marco é a mesma de centenas de produtores que olham para o céu na espera de que o tempo permaneça firme por alguns dias ou semanas. O gerente técnico da Cocamar, Rodrigo Sakurada, diz que as plantas estão sofrendo com os longos períodos de chuva. O grão perde peso e qualidade. [ouça o áudio acima]
Se ocorre o atraso na colheita, ali adiante outra situação afeta as lavouras diretamente: o atraso na plantação do milho safrinha. [ouça o áudio acima]
E a previsão do tempo não está favorável ao produtor. O Simepar indica que a chuva deve permanecer na região, pelo menos, até a segunda semana de março.
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