Lindalva Leonor dos Santos tinha 63 anos e morreu no sábado (21). Ela era uma das principais testemunhas no processo penal que apura o crime de feminicídio contra a bailarina Maria Glória Poltronieri Borges, a Magó.
Magó foi encontrada morta no dia 26 de janeiro de 2020 numa cachoeira em Mandaguari, na chácara de Lindalva.
No próximo dia 24 de setembro estava marcado o depoimento de Lindalva no que pode ser a última audiência de instrução nesta fase do processo penal.
O depoimento de Lindalva foi remarcado várias vezes porque ela estava debilitada, num longo tratamento de saúde, como explica o advogado Israel Batista de Moura, assistente de acusação, que representa a família de Magó. [ouça o áudio acima]
Lindalva foi uma peça importante no inquérito policial. Na noite em que a bailarina desapareceu, bombeiros que estavam na cachoeira para um treinamento, fizeram buscas à procura da jovem. Lindalva, para acalmar as pessoas que estavam preocupadas com o sumiço de Magó, disse que ela tinha saído da chácara com amigos. Por isso, houve uma acareação entre bombeiros e Lindalva.[ouça o áudio acima]
A CBN não conseguiu contato com o advogado de defesa de Flávio Campana.
Atualizado às19h20- Ouça aqui o que diz a família de Lindalva Leonor Santos.
Atualizado às 19h25 - O advogado de Flávio Campana, Bruno Gustavo Ferreira de Macedo, disse que as acusações que recaem sobre o cliente não condizem com a realidade porque a Magó morreu às 5h da manhã de domingo, 26 de janeiro de 2020. Neste horário Flávio Campana, de acordo com a defesa, não estava nas imediações da cachoeira, tinha saído de lá na tarde de sábado, dia 25, com a motocicleta com pneu furado, como mostram imagens obtidas na região. Segundo o advogado, é preciso analisar o caso com equilíbrio "sob o crivo do contraditório e da ampla defesa".