453 mil internautas são contra os fogos que espantam aves em Cianorte
Divulgação

Abaixo-assinado

453 mil internautas são contra os fogos que espantam aves em Cianorte

Meio Ambiente por Carina Bernardino em 19/09/2019 - 19:30

Abaixo-assinado online circula há três meses. Já os rojões, são soltos desde julho na praça João XXIII

“Pelo fim dos fogos direcionados aos pássaros em Cianorte”, este é o título do abaixo-assinado online criado há três meses contra a decisão tomada no município de soltar rojões para espantar as aves que pernoitavam nas árvores da praça João XXIII. A medida foi adotada em audiência pública.

Na época, a CBN conversou com um padre da Igreja Católica que explicou que até procissões foram canceladas por causa da sujeira que os pombos provocavam no local. Outra justificativa foram as possíveis doenças que os pássaros poderiam transmitir à população. Dois meses após o uso de fogos, alguns moradores ainda se posicionam contra a medida. Até um abaixo-assinado criado em junho ainda segue recebendo novos apoiadores. Nesta quinta-feira (19), 453.553 internautas tinham assinado a petição online. A presidente da ONG Amigos de Patas de Cianorte, Simone Ziliane, não concorda com a solução adotada. 

A professora Aida Franco diz que a população não foi amplamente avisada sobre a audiência pública organizada pelo MP (Ministério Público). Ela também questiona a falta do parecer técnico de um biólogo em relação a situação. 

Por telefone, o promotor de Justiça Sérgio Roberto Martins, coordenador administrativo das Promotorias e Meio Ambiente de Cianorte, disse que o assunto foi amplamente debatido na cidade há quase três meses. Ele também explicou que a audiência foi divulgada com antecedência sim, até mesmo no Diário Oficial do Município. O promotor informou ainda que a adoção da medida ocorreu após inúmeras tentativas em resolver o problema. Até repelentes foram colocados nas árvores da praça.

Os rojões são adquiridos pelo Santuário Eucarístico. Em julho, os artefatos foram utilizados com frequência, mas agora, o uso ocorre de forma esporádica, porque a maior parte das aves não retornou para o local. 

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